Famosos pela fidelidade e eleitos na nova onda de Jair Bolsonaro (PL), a senadora eleita Tereza Cristina (PP) os deputados de Mato Grosso do Sul, como Dr. Luiz Ovando (PP), e Coronel David (PL), condenaram os ataques terroristas de bolsonaristas neste domingo (8) em Brasília. Eles condenaram os criminosos que invadiram e depredaram o Congresso Nacional, o Supremo Tribunal Federal e o Palácio do Planalto.
“Momento gravíssimo que exige equilíbrio e sensatez. Precisamos de muita responsabilidade para enfrentarmos os lamentáveis acontecimentos de hoje. Na democracia, não há espaço para atos de vandalismo e desrespeito às instituições”, condenou Tereza Cristina, que teve o apoio público de Bolsonaro na disputa do Senado.
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Ela ainda retuitou as postagens da ex-ministra das Mulheres e Direitos Humanos, Damares Alves (Republicanos), e do ex-ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho (PL), que também condenaram os atos de vandalismo. “A liberdade de manifestação é um dos pilares da democracia, mas invadir e depredar patrimônio público/privado jamais será a solução. Nossa discordância com a esquerda é no campo das ideias. Nossa oposição deve ser feita de forma pacífica e por meio de instrumentos previstos na CF (Constituição Federal)”, defendeu Damares.
“Repudio os atos de vandalismo em Brasília. A democracia não admite a depredação e a barbárie. Essas ações terminam justificando o injustificável, ou seja, causarão o recrudescimento de medidas excepcionais que relativizam a constituição e atacam liberdades individuais”, afirmou Marinho.
Bolsonarista inclusive nas ideias negacionistas, apesar de ser médico, Dr. Luiz Ovando também cobrou a punição dos terroristas. “A invasão ao Congresso Nacional e STF tem que ser investigada e os verdadeiros culpados devem ser julgados e punidos”, cobrou o deputado. “Manifestações fazem parte da democracia. A violência dos atos é imprópria e inoportuna, mas reflete a indignação da população com o cinismo com que o novo governo tem conduzido os rumos da nação”, tentou minimizar Ovando.
“Em nossa bandeira está escrito: Ordem e Progresso. Assim, qualquer desordem ou ato de vandalismo é contra a essência de uma grande Nação, portanto, não posso aprovar tais atitudes”, condenou Coronel David, que é amigo pessoal de Bolsonaro.
Ele tentou justificar a violência praticada pelos bolsonaristas, que destruíram obras de arte, o plenário dos poderes da república e até cagaram no Palácio do Planalto. “Por outro lado, é sempre bom lembrar que o povo, em sua maioria, está pedindo para ser ouvido por um processo eleitoral mais aperfeiçoado e transparente, além de claramente rejeitar em cargos políticos de conduta extremamente reprovável. Pensemos nisto”, postou o parlamentar, apesar da maioria ser contra os atos bolsonaristas.
Candidato a governador, que perdeu para Eduardo Riedel no segundo turno, Capitão Contar (PRTB) também condenou a violência. No entanto, o deputado tentou apresentar a defesa dos bolsonaristas.
“É desesperador acompanhar tudo o que está acontecendo com o nosso país sem ter a quem recorrer! Esperamos e lutamos durante meses por uma resposta! Infelizmente a população está tomando Brasília neste momento em busca de socorro! Lugar de corrupto é na cadeia, não na presidência! Não iremos desistir do Brasil”, afirmou.
“Não existe ato de vandalismo maior do que rasgar a constituição, roubar às eleições e colocar um bandido pra presidir a nossa nação!”, afirmou João Henrique Catan (PL), que é neto de Marcelo Miranda Soares. O avô do deputado foi denunciado por um desvio milionário no DNIT e deixou o Governo do Estado pela porta dos fundos, sem pagar os funcionários e com a Governadoria ocupada pelos servidores.
Eleito deputado federal, Rodolfo Nogueira, o Gordinho de Bolsonaro (PL), usou manifestação realizada em 2006 pelo MST para atacar Lula e não os bolsonaristas que atacaram as instituições pedindo golpe de Estado.
“Neste domingo Lula disse que o país assiste a cenas inéditas de vandalismo, é mentira, em 2006, o petista viveu situação similar”, tentou justificar o deputado. A mulher de Nogueira, uma blogueira foi flagrada incitando ataques no dia 30 de dezembro do ano passado. Apesar de evangélica, ela defendia os atos antidemocráticos.