O deputado estadual Jamilson Lopes Name (PSDB) retoma a articulação, nesta sexta-feira (6), pela primeira secretaria da Assembleia Legislativa. O tucano está disposto a desafiar um cacique, o atual presidente da Casa, Paulo Corrêa (PSDB), e disputar no voto o comando do tesouro do legislativo estadual.
A disputa pelos cargos na Mesa Diretora da Assembleia começou no ano passado. Como não pode mais disputar a presidência, Corrêa está de olho na primeira secretaria, chefiada pelo octogenário José Roberto Teixeira, o Zé Teixeira (PSDB), que chegou a ser preso na Operação Vostok em 12 de setembro de 2018.
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A disputa promete ser acirrada no PSDB. Jamilson está disposto, inclusive, a partir para a disputa com Paulo Corrêa no voto a voto. “A Casa precisa dar o suporte para todos os deputados”, defende o tucano, criticando o concorrente, que, como presidente, não dividiu cargos nem outras melhorias com os demais parlamentares.
“É preciso desenvolver um trabalho voltado para o futuro”, propõe, defendendo a renovação nos cargos de direção e assessoramento do legislativo. “A primeira secretaria vai ser para atender os deputados”, garante. Ele também pede que o legislativo abra as portas para a população.
A briga pela presidência também promete. O deputado estadual Lídio Lopes (Patri) espera que o governador Eduardo Riedel (PSDB) cumpra o acordo, firmado para ter o apoio no segundo turno, de lhe garantir no comando do legislativo a partir de fevereiro.
Apesar das denúncias de corrupção, Gerson Claro (PP) tem o aval da senadora eleita, Tereza Cristina (PP), para disputar o comando da Assembleia. Ele tem concorrência dentro do próprio partido, Londres Machado (PP), e no ninho tucano, com a deputada estadual Mara Caseiro tentando fazer história como a primeira mulher a presidir a Assembleia Legislativa. Outro candidato é Zé Teixeira, que espera se viabilizar no PSDB para enfrentar Claro.
O apoio de Riedel será decisivo para eleger o presidente e o primeiro secretário. Alguns deputados teriam avisado o tucano de que só aguardam seu sinal para decidir em quem votar na Assembleia.