A ação do União Brasil para anular os votos do PRTB, por não ter cumprido a cota de 30% das vagas para mulheres, pode tirar a vaga do deputado estadual eleito pela extrema-direita, Rafael Tavares, e garantir a permanência de Paulo Duarte (PSB). A reviravolta seria radical, porque sairia um representante da direita e entraria um socialista.
A ação tramita no Tribunal Regional Eleitoral desde novembro do ano passado e deve ser julgada até o final deste mês. A expectativa do União Brasil era de que a vaga ficaria com o advogado Rhiad Abulahad, que obteve 11.439 votos.
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No entanto, a vaga pode ficar com o atual deputado estadual Paulo Duarte, que obteve 16.663 votos. Ele pode permanecer na casa se os votos do PRTB foram anulados pela Justiça Eleitoral. Rafael obteve 18.224 votos.
O União Brasil alega que o PRTB não cumpriu a cota de gênero. Duas candidatas tiveram os registros indeferidos e não foram substituídas. Assim, pede a cassação da chapa e do diploma e mandato de Tavares.
Duarte apoiou a candidatura do governador Eduardo Riedel (PSDB). Rhiad estava na chapa da deputada federal Rose Modesto (União Brasil), enquanto Tavares apoiou o candidato de oposição, Capitão Contar (PRTB).
Esta pode ser a segunda mexida no tapetão nas vagas da Assembleia Legislativa. Outro bolsonarista, o vereador Tiago Vargas (PSD), perdeu a vaga após ter a candidatura indeferida pela Justiça Eleitoral. A sua vaga ficou com o ex-secretário municipal de Finanças, Pedro Pedrossian Neto (PSD).