O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) prorrogou por mais 60 dias as isenções sobre os combustíveis. No entanto, em Mato Grosso do Sul, os donos de postos começaram o ano remarcando os preços. Em Campo Grande, a gasolina ficou até R$ 0,34 mais cara. O aumento é reflexo da nova pauta fiscal do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias).
O boato de que os combustíveis ficariam mais caros por causa dos tributos federais não se confirmou. Logo após ser empossado, Lula assinou Medida Provisória estendendo a alíquota zero sobre óleo diesel, etanol e gasolina até o final de fevereiro.
Veja mais:
Postos demoram e ainda repassam queda menor no preço da gasolina ao consumidor
Presente de fim de ano: com queda, preço da gasolina pode voltar a R$ 4,50 em MS
Preço do etanol acumula alta de até 40 centavos em 30 dias na Capital, aponta ANP
Com o fim da eleição, postos voltam a subir preço da gasolina e do etanol em MS
Neste tempo, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, deverá definir as medidas para reduzir o impacto da volta dos tributos como PIS/Cofins e CIDE, que foram zerados por Jair Bolsonaro (PL) durante as eleições. A medida teve o objetivo de minimizar a política de preços da Petrobras.
No entanto, o Governo de Eduardo Riedel (PSDB) não teve a mesma preocupação dos petistas e o consumidor já está pagando mais caro pelos combustíveis. Postos começaram a remarcar ainda na sexta-feira (30).
No Centro da Capital, um posto elevou o preço da gasolina à vista de R$ 4,65 para R$ 4,99 neste domingo. Outros estão reajustando de R$ 4,65 para R$ 4,77. Alguns promoveram acréscimo de 20 centavos, com o litro passando de R$ 4,69 para R$ 4,89. No entanto, ainda é possível encontrar a gasolina a R$ 4,65.
“(Houve aumento) porque houve alteração dia preços de pauta do ICMS e também dos preços do etanol que reflete em 27% na composição da gasolina”, explicou o diretor do Sinpetro, Edson Lazarotto. “Sempre lembrando que o mercado é livre tanto para as distribuidoras como para os postos”, alertou.