Em fim de mandato, Simone Tebet (MDB) exige o comando dos bancos públicos, o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal, e do Programa de Parcerias e investimentos para assumir o Ministério do Planejamento. Após não conseguir o Desenvolvimento Social e o Meio Ambiente, a senadora negocia uma pasta turbinada para manter suas pretensões presidenciais.
A sul-mato-grossense volta a discutir o assunto nesta terça-feira (27) com o presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O principal desafio do petista é acomodar a ex-presidenciável, que obteve 4,9 milhões de votos e ficou em 3º lugar no primeiro turno. Simone engajou-se na campanha do ex-presidente no segundo turno e é apontada como fundamental para a vitória sobre Jair Bolsonaro (PL).
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Nas negociações está certo que o MDB indicará três ministros. O senador eleito de Alagoas, Renan Filho, vai assumir o Ministério dos Transportes. Ele era o preferido do futuro ministro da Economia, Fernando Haddad, para assumir o Planejamento.
O primeiro nome cotado para assumir a pasta era o economista André Lara Rezende, um dos pais do Plano Real. Ele era o favorito de Haddad. O segundo era o alagoano.
Simone se tornou a terceira opção. Ela exige a pasta turbinada, mas o novo Governo não deverá incluir os bancos no Planejamento. Contudo, conforme as articulações, o PPI pode ficar sob o comando de Simone.
Haddad afirmou em entrevista que não terá problemas em trabalhar com a senadora, desmentindo boatos de que teria vetado o nome de Simone para assumir o comando do Ministério do Planejamento.
Inicialmente, Simone queria assumir o Ministério de Desenvolvimento Social, responsável pelo programa Bolsa Família. O ex-governador do Piauí, Wellington Dias (PT), foi confirmado na área social.
Lula cogitou nomeá-la para o Meio Ambiente, mas a deputada federal eleita por São Paulo, Marina Silva (Rede), não topou assumir a Autoridade Climática e vai ficar com o ministério.
Agora, Simone queria comandar o Ministério das Cidades, que inclui o programa habitacional Minha Casa, Minha Vida. A pasta deverá ficar com um indicado pelo MDB da Câmara dos Deputados.
Ela quer uma pasta que lhe garante projeção na mídia para voltar a disputar a eleição presidencial de 2026. Simone quer um ministério que lhe dê holofotes e projeção nacional para enfrentar o candidato do PT daqui quatro anos.