O ex-presidente do Tribunal de Contas do Estado, conselheiro Waldir Neves Barbosa, solicitou, em caráter de urgência, a retirada da tornozeleira eletrônica para se submeter uma cirurgia nesta quarta-feira (21) em São Paulo. Conforme os advogados, ele foi diagnosticado com câncer da próstata e precisa ser submetido ao procedimento de urgência.
Alvo da Operação Terceirização de Ouro, deflagrada pela Polícia Federal para apurar os crimes de peculato, corrupção e organização criminosa, Neves passou a ser monitorado eletronicamente na quarta-feira passada (14).
Veja mais:
PF suspeita de lavagem de dinheiro de Waldir em fazendas que valorizaram até 4.508%
Acusada por desvios no TCE comprou R$ 627 mil em doces e pão de mel em apenas um mês
Afastados pelo STJ por peculato, conselheiros do TCE já são monitorados por tornozeleira
PF investiga gerente de banco que “sumiu” com R$ 6,7 mi do esquema dos conselheiros
O afastamento do cargo e a utilização de tornozeleira eletrônica foram determinados pelo ministro Francisco Falcão, do Superior Tribunal de Justiça, a pedido da PF. O corregedor-geral do TCE, Ronaldo Chadid, colocou um dia antes, no dia 13, enquanto o ex-presidente, Iran Coelho das Neves, passou a ser monitorado na última segunda-feira (12).
Conforme o advogado Ronaldo de Souza Franco, Waldir Neves precisa ser submetido a exames de ressonância magnética e não pode estar usando metais dentro do hospital. Ele garante que o conselheiro voltará a colocar a indumentária quando tiver alta do hospital e retornar a Campo Grande.
Aliás, o fato da medida do STJ não ter sido colocada em sigilo preocupa os conselheiros. Ronaldo CHadid e a chefe de gabinete, Thaís Xavier Ferreira da Costa, com tornozeleira desde o dia 13, pediram que o juiz Marcelo de Oliveira, da 7ª Vara Criminal, coloque o processo em sigilo com urgência.
Até o início da noite, o pedido de Waldir Neves não tinha sido analisado pelo magistrado.