Os donos de postos de combustíveis de Campo Grande demoraram para repassar a queda no preço da gasolina para o consumidor. Conforme pesquisa da ANP (Agência Nacional do Petróleo), divulgada neste sábado, o preço do litro nas bombas teve redução de apenas sete centavos (R$ 0,07), metade do previsto, e muito além dos R$ 0,20 aplicados pela Petrobras nas refinarias.
A exceção foi o diesel, que teve redução de R$ 0,30 no preço médio na Capital, dentro do estimado pelo setor e próximo dos R$ 0,40 aplicados nas refinarias.
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A prática dos empresários é a mesma de sempre: sobem os preços nos postos no mesmo dia da alta nas refinarias. Já quando há redução, o setor resiste em repassar imediatamente a queda ao consumidor final.
A Petrobras reduziu o preço da gasolina em 20 centavos no dia 7 deste mês. Até ontem, conforme a ANP, o preço médio do produto teve redução de apenas seis centavos, de R$ 4,74 para R$ 4,68 em Campo Grande. O menor preço oscilou de R$ 4,65 para R$ 4,58, enquanto o maior só caiu três centavos – de R$ 4,89 para R$ 4,86.
Neste sábado, alguns postos aplicaram nova redução no preço. Teve estabelecimento que reduziu de R$ 4,89 para R$ 4,59. A queda ocorreu dez dias após o produto ter ficado mais barato nas refinarias.
Por outro lado, o valor médio do óleo diesel caiu R$ 0,30, de R$ 6,34 para R$ 6,04, enquanto o menor valor praticado na Capital despencou mais de um real, segundo a ANP, passando de R$ 6,19 para R$ 5,10. O maior preço variou de R$ 6,69 para R$ 6,39.
A queda é reflexo da mudança no comando da Petrobras pelo presidente Jair Bolsonaro (PL). Ele só conseguiu a queda após trocar o comando da instituição por quatro vezes. Também reflete a queda na alíquota do ICMS sobre os combustíveis, que não pode superar 17%. Os tributos federais foram zerados até este mês e voltam a ser cobrados em janeiro.