A ministra Cármen Lúcia, relatora do recurso, negou provimento do vereador Tiago Vargas (PSD), para recuperar os direitos políticos e assumir o mandato de deputado estadual. Ela foi a primeira a votar no julgamento virtual do Tribunal Superior Eleitoral, que começou ontem (15) e vai definir o futuro do polêmico parlamentar de Campo Grande.
Agora, seis ministros – Alexandre de Moraes, Ricardo Lewandowski, Benedito Gonçalves, Raul Araújo, Sérgio Silveira Banhos e Carlos Horbach – vão votar até segunda-feira (19). Se eles acompanharem a relatora, Vargas perde a vaga e o ex-secretário municipal de Finanças, Pedro Pedrossian Neto (PSD), será diplomado como deputado estadual.
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O Tribunal Regional Eleitoral negou o registro de Tiago porque ele foi demitido a bem do serviço público pelo governador Reinaldo Azambuja (PSDB) em julho de 2020. Ele foi candidato a vereador da Capital e foi campeão de votos naquele mesmo ano.
Nas eleições deste ano, Tiago se candidatou a deputado estadual e acabou obtendo 18.288 votos. Os votos foram anulados e a vaga ficou com Pedrossian, que obteve 15.984 votos.
Antes do segundo turno, Tiago Vargas surpreendeu os eleitores ao subir no palanque e fazer uma defesa apaixonada do candidato do PSDB, Eduardo Riedel. O tucano se elegeu governador no dia 30 e no dia 31 de outubro o Tribunal de Justiça cassou a liminar que garantia a posse do vereador como deputado estadual.
Ele tentou reverter a liminar no Superior Tribunal de Justiça, mas o pedido foi negado pela corte. Agora, a esperança é reverter a inelegibilidade no TSE. O julgamento começou com o pedido negado pela relatora.