Os professores das escolas municipais de Campo Grande rejeitaram, na tarde de hoje (15), a proposta de parcelar em três vezes o reajuste de 10,39%, previsto na Lei Municipal 6.796/2022. A proposta era a última tentativa da prefeita Adriane Lopes (Patri) de chegar a um acordo e evitar nova paralisação.
Em assembleia geral realizada na Fetems (Federação dos Trabalhadores em Educação), os docentes discutem as estratégias de mobilização e como vão manter a pressão sobre a chefe do Poder Executivo.
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A ACP encaminhou nova contraproposta, que prevê o reajuste de 3,42% em janeiro e de 6,97% em março de 2023. “Uma nova assembleia está marcada para segunda-feira (19), às 17h, no auditório da Fetems, quando os professores devem debater o resultado da reunião desta sexta-feira”, informou a entidade.
Adriane é a 4ª prefeita que não cumpre a lei para implantar o piso nacional do magistério para jornada de 20 horas. Apesar do reajuste estar previsto em lei, nenhum prefeito cumpriu o acordo firmado entre o município e a ACP (Sindicato Campo-grandense dos Profissionais da Educação Pública).
A primeira greve pelo piso durou três meses e ocorreu na gestão de Gilmar Olarte (sem partido). Também houve paralisação na gestão de Alcides Bernal (PP) e de Marquinhos Trad (PSD).
Os professores iniciaram uma paralisação, que durou cinco dias e foi suspensa por determinação do desembargador Sérgio Fernandes Martins, do Tribunal de Justiça. Ele acatou pedido da prefeita e fixou multa de R$ 50 mil por dia em caso de manutenção da paralisação.
Adriane propôs parcelar o reajuste, que era previsto para novembro deste ano, em três parcelas ao longo de 2023: 3,42% em janeiro e duas de 3,48%, a primeira em maio e a segunda em dezembro de 2023.
Adriane ainda propôs auxílio alimentação a ser pago em dinheiro aos professores.
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