Albertino Ribeiro
Infelizmente não deu para o Brasil. Nossa seleção perdeu para a Croácia, em um lance de pura desatenção do time brasileiro, que se lançou ao ataque sem necessidade. Então, como castigo, tomou um gol de contra-ataque. Algo insólito, pois, normalmente, toma um gol de contra-ataque o time que está perdendo, pois todos sobem ao ataque para tentar igualar o marcador. Não entendi porque o time brasileiro cometeu um erro tão básico assim.
Até o momento em que escrevo estas linhas, apenas 3 seleções estão nas semifinais: Croácia, Argentina e Marrocos que, aliás, é uma grande surpresa. Inglaterra e França ainda não jogaram. Talvez, até o fim deste texto, terei o resultado.
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Argentina e Croácia farão o primeiro jogo das semifinais, na próxima terça-feira (13/12). Se o critério da Copa fosse a economia, o jogo seria bem acirrado, pois os indicadores desses dois países levam cartão vermelho em quase todos eles.
Contudo, quando há um cruzamento das taxas de inflação, a Croácia está numa situação bem pior, com uma taxa de 13,2% ao mês. Por seu turno, a Argentina amarga taxa de 6,2%, dados de junho/2022. Uma situação como essa, tende a desorganizar as duas economias e submete os mais pobres a uma vida de penalidades máximas.
Por seu turno, as taxas de desemprego estão bem próximas. Enquanto a Argentina está na casa dos 6,9%, a seleção europeia está com uma taxa de 7,3%. Ambas estão numa posição melhor que a do Brasil, 8,6%.
Segundo os economistas, uma taxa de desemprego aceitável numa economia deve ser entre 4% e 5%. Na literatura econômica, países nessa condição experimentam uma situação de pleno emprego ou desemprego natural.
Destarte, é necessário que o PIB de ambos os países cresça de forma sustentável, para que haja uma recuperação do nível de emprego sem recrudescer o processo inflacionário.
E quando o assunto é PIB per capita, os carrascos da seleção brasileira superam a Argentina; cada cidadão croata contribui, em média, com 17.399 dólares para o PIB do país. Por sua vez, os argentinos produzem, também em média, o valor de 10.729 dólares.
Mas o PIB per capita, isolado no ataque, não é uma boa referência para considerar um país campeão, pois esse valor deve fazer uma tabelinha com um outro indicador, chamado índice de Gini, que mede a concentração de renda na economia.
O índice de Gini possui um intervalo de 0 a 1. Quanto mais próximo de 1, mais ruim é a situação da economia, pois a concentração de renda é maior. Dessa forma, concluímos que a Croácia supera a Argentina, pois o seu índice está em 0,297, enquanto o país de Messi e Maradona amarga um valor de 0,420.
Mas não ria, amigo leitor, pois o Brasil, além de ter perdido em campo para a Croácia, também perde na concentração de renda (0,515).
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