O governador eleito Eduardo Riedel (PSDB) vai manter mesmo número de secretarias do segundo mandato de Reinaldo Azambuja (PSDB), com 11 pastas. No entanto, o organograma apresentado aos deputados estaduais prevê a criação de 16 secretarias executivas, que não existem atualmente, e do Conselho de Estado.
Na reunião na Assembleia, com os deputados estaduais, o tucano afirmou que o objetivo é dar mais eficiência à administração estadual. “O organograma apresentado visa otimizar a estrutura de governo para dar resultado eficiente para a sociedade. Esse é um processo contínuo”, explicou, conforme a assessoria.
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“Não houve aumento e nem diminuição de secretarias, mas houve mudanças de conceitos em algumas delas, como, por exemplo, a Seinfra, que abarca todo o processo de logística do Estado. A Seinfra é a ferramenta, a condução, a obra, a estrada, a ponte. Agora, pensar logística, que é a ferrovia, as estradas prioritárias, as ações para gerar resultados será atribuição da Seilog”, disse o governador eleito.
A principal novidade será a criação de novos cargos, o de secretário executivo, uma espécie de subsecretário, que não existe no organograma atual e será criado no novo modelo a ser aprovado pelos deputados estaduais. Serão 16 Secretarias Executivas.
A pasta como mais secretários executivos – cinco – será a Semadesc (Secretaria Estadual de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação), que vai substituir a Semagro e manterá o status de supersecretaria. As secretarias executivas vão contemplar Desenvolvimento Econômico Sustentável; Qualificação Profissional e Trabalho; Ciência, Tecnologia e Inovação; do Meio Ambiente; e de Agricultura Familiar, dos Povos Originários e Comunidades Tradicionais.
A Casa Civil ganha mais poderes ao ganhar a Casa Militar e passará a contar com duas secretarias executivas, a de Gestão Política com a Capital e do Interior. O modelo é semelhante ao adotado por Zeca do PT, quando foi governador, que tinha pastas voltadas para a articulação com os municípios do interior e com as lideranças dos bairros de Campo Grande.
A Secretaria de Governo vai ter três secretarias executivas, voltadas para a comunicação, transformação digital e de gestão estratégia e municipalismo. A novidade será a criação do Escritório de Relações Internacionais, deve ser em decorrência da Rota Bioceânica para garantir maior intercâmbio com os países, como Paraguai, Chile e Argentina.
A SEDHAS (Secretaria de Direitos Humanos e Assistência Social) perde o trabalho, já que a Fundação do Trabalho vai para a Semadesc. No entanto, a pasta terá três secretarias executivas, de Assistência Social, de Direitos Humanos e de Orientação e Defesa do Consumidor.
A SETESCC (Secretaria de Turismo, Esporte, Cultura e Cidadania) substituirá a Secretaria de Cultura e Cidadania. A pasta não terá secretaria executiva, mas vai contar com as fundações de Cultura e Esportes.
A Seinfra será substituída pela nomenclatura Seilog (Secretaria de Infraestrutura e Logística). Haverá a criação de um cargo de assessoria especial de logística. A MS-Gás deixa a pasta para ser alocada na Semadesc.
A Sejusp (Secretaria de Justiça e Segurança Pública) será mantida com o mesmo nome e dois secretários executivos, de Segurança Pública e de Justiça. A Polícia Penal vira órgão independente vinculada ao titular da pasta.
A Secretaria Estadual de Saúde vai ganhar um novo cargo, o de diretor de Governança e Gestão Hospitalar. Não haverá mudança nas secretarias de Educação e de Fazenda. A SAD terá uma secretaria executiva, de Licitações.
O presidente da Assembleia, Paulo Corrêa (PSDB), garantiu empenho do parlamento em aprovar a proposta em regime de urgência antes da conclusão dos trabalhos deste ano.
Riedel não divulgou o custo estimado da nova estrutura do Governo estadual. No último debate da TV Morena, ele se notabilizou por ter estimativa de custos para tudo.