Integrantes do PT passaram a impor resistência à indicação da senadora Simone Tebet (MDB) para o ministério de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Esta ala avalia que a sul-mato-grossense tem um caráter independente e se torne a nova versão de Sergio Moro (União Brasil), que deixou o Governo de Jair Bolsonaro (PL) atacando o presidente.
Para a senadora ser indicado, os petistas a querem na cota do MDB. O partido presidido por Baleia Rossi se nega a incluir Simone como indicada do partido e a quer na cota pessoal de Lula.
Veja mais:
Simone diz que Governo Lula precisa dar certo e não trabalha de olho em cargo
Lula deve anunciar Simone como ministra do Desenvolvimento Social nesta semana
Simone diz que bloqueios bolsonaristas são antidemocráticos e “atentado à Constituição”
De acordo com o site Poder 360, mesmo sendo uma das principais cotadas, a emedebista é vista por muitos como independente da base petista e que pode se tornar uma nova versão do “Sérgio Moro de Lula”.
O senador eleito foi ministro da Justiça do presidente Jair Bolsonaro (PT), mas deixou a gestão acusando o mandatário de tentar interferir nas investigações da Polícia Federal. Depois disso, o também ex-juiz federal foi cotado para disputar a presidência da República.
Tebet disputou a presidência neste ano e saiu no primeiro turno como a terceira colocada na disputa com 4,9 milhões de votos, desbancando o vetereno nas eleições presidenciais, Ciro Gomes (PDT), que ficou em quarto.
Na segunda etapa do pleito, ela declarou apoio e participou da campanha petista, tendo colocado como condição para isso a entrada de propostas dela no programa de governo de Lula.
Atualmente, Tebet é a coordenadora de desenvolvimento social da transição de governo. No grupo, ela trata diretamente de temas como o combate à pobreza e à fome no Brasil. Além disso, é a responsável pelo Auxílio Brasil, a ser retomado na gestão Lula como Bolsa Família e que foi uma das principais bandeiras da campanha petista.
Segundo o Poder360, a chance de Tebet ser ministra é entrando como representante do MDB. Contudo, de acordo com o site, a sigla não deve tomar essa iniciativa.
Simone é cotada para comandar o Ministério do Desenvolvimento Social, que ficará encarregado pelos programas sociais, como o Bolsa Família.