Parado na 2ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul desde novembro do ano passado, o julgamento do recurso do Ministério Público Estadual para ampliar a condenação do ex-prefeito Gilmar Olarte (sem partido) ficou para 24 de janeiro de 2023. O processo está parado com o relator, desembargador José Ale Ahmad Netto, desde 16 de novembro do ano passado.
O caso voltou a andar em outubro deste ano, quando o magistrado decidiu incluir os recursos da acusação e defesa no julgamento virtual. Os advogados foram contra e ele marcou o julgamento para o dia 29 de novembro deste ano. No entanto, novo contratempo adiou para a próxima terça-feira (6).
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O advogado Tiago Bunning, da ex-primeira-dama Andréia Nunes Zanelato, alegou que tinha audiência em Chapadão do Sul no mesmo horário e pediu para adiar para a próxima sessão, no dia 13 deste mês.
Contudo, o relator não participará da sessão. “Tendo em vista as alegações de f. 5421, defiro o pedido de adiamento do julgamento para sessão subsequente, a qual deverá ser realizada em data posterior a13/12/2022, em razão da licença compensatória deste Relator publicada na Portaria n.º 1511/2022 de 01/12/2022”, afirmou Ahmad Netto.
O processo está incluído na pauta de 24 de janeiro de 2023.
A 2ª Câmara Criminal analisará pedido do Ministério Público Estadual para ampliar a pena do pastor evangélico pela compra de mais nove imóveis. Ele e a ex-primeira-dama, Andréia Nunes Zanelato Olarte, foram condenados por ocultar R$ 1,3 milhão na compra do terreno e construção de uma mansão no residencial de luxo Damha.
O juiz Roberto Ferreira Filho, da 1ª Vara Criminal, condenou o ex-prefeito a quatro anos e seis meses, a ex-esposa a quatro anos e três meses. O corretor de imóveis Ivamil Rodrigues de Almeida e o suposto testa de ferro, o empresário Evandro Simões Farinelli, foram condenados a três anos e seis meses. Os réus querem anular a sentença.
Conforme o parecer da procuradora de Justiça, Esther Sousa de Oliveira, há provas e indícios de que o casal lavou o dinheiro desviado da prefeitura na compra de um apartamento no interior de São Paulo, uma casa no residencial Villas Damha, quatro lotes e três chácaras na Chácara dos Poderes.
Olarte está preso desde maio do ano passado e ganhou destaque na imprensa em outubro deste ano ao gravar um vídeo em que dizia apoiar o candidato de oposição, Capitão Contar (PRTB). Ele ainda acusava a mulher do deputado, a empresária Iara Diniz, de ter sido seu braço direito na prefeitura.
O ex-prefeito cumpre a pena de oito anos e quatro meses por corrupção. Atualmente, ele está no regime semiaberto e pode deixar o presídio para frequentar a faculdade no período noturno.