Os bolsonaristas completam um mês nesta quarta-feira (30) acampados na Avenida Duque de Caxias, em frente ao CMO (Comando Militar do Oeste), em protesto contra a derrota do presidente Jair Bolsonaro (PL) nas eleições deste ano. Eles pedem golpe militar para impedir a posse do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Na manhã de hoje, o grupo estava distribuído em barracas no canteiro e na calçada em frente ao quartel do Exército. As tendas seguem montadas nos canteiros. Poucos bolsonaristas estavam conversando no local. O movimento maior é à noite e nos finais de semana.
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Como a Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito) colocou cavaletes para impedir o estacionamento no canteiro, os veículos ficaram estacionados na lateral, impedindo o tráfego em uma das três faixas da via.
No QG Rural, liderado por ruralistas, a faixa diz “Ordem Progresso Com Justiça Sem Corrupção”. Em outro, há o pedido de intervenção militar. E também há o SOS Forças Armadas. Durante os atos, o grupo clama pelo comandante do CMO, general Anízio David.
A mobilização se mantém apesar de nenhuma das promessas feitas até o momento terem sido confirmados. No dia 31 de outubro, quando começou o ato na frente do CMO, o grupo dizia que a mobilização era necessária porque as Forças Armadas agiriam em 72 horas.
Áudios atribuídos ao filho 03 do presidente, o deputado federal Eduardo Bolsonaro, também viralizaram, onde ele pedia aos seguidores para levarem o máximo de gente para as manifestações. Os bolsonaristas suportaram frio, chuva e sol. Na segunda-feira, Eduardo foi visto no Catar, vestido de verde e amarelo e acompanhando o jogo do Brasil contra a Suíça.
Havia a expectativa de que Lula não seria diplomado no dia 19 de dezembro deste ano. Ontem, o TSE antecipou a diplomação do presidente eleito para o dia 12 de dezembro.
Nenhum coordenador do movimento em Campo Grande quis se manifestar nesta quarta-feira.