O deputado federal Dagoberto Nogueira (PSDB) teve a campanha mais cara, de R$ 2,7 milhões, e o maior gasto por eleitor, conforme a prestação final de contas entre os eleitos para a Câmara dos Deputados em Mato Grosso do Sul. Os menores custos por voto tiveram o advogado Marcos Pollon (PL), com R$ 8,49, e a vereadora de Campo Grande, Camila Jara (PT), com R$ 14,48.
Considerando-se o gasto total na campanha, a maior despesa foi de Dagoberto, que trocou o PDT após 31 anos devido ao temor da legenda não conseguir quociente eleitoral suficiente para conquistar uma vaga. No ninho tucano, o deputado teve que investir uma fortuna para ficar com a 3ª vaga do PSDB.
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De acordo com o Tribunal Regional Eleitoral, Dagoberto arrecadou R$ 2,823 milhões, sendo que R$ 2,275 milhões foram repassados pelo PSDB, do Fundo Especial das Eleições, o Fundão, R$ 315 mil do próprio deputado e R$ 100 mil de Pedro Vaquer Brunet. O maior gasto foi de R$ 1,915 milhão com pessoal.
O vice-campeão em gastos entre os eleitos foi o deputado bolsonarista Dr. Luiz Ovando (PP), do Centrão, com despesa de R$ 2,230 milhões. O maior gasto foi com pessoal, R$ 1,510 milhão. O progressista teve R$ 2,233 milhões arrecadados, sendo R$ 2 milhões da direção nacional do PP e R$ 230 mil do diretório estadual.
O deputado federal Vander Loubet (PT) desembolsou R$ 2,159 milhões pela campanha pela reeleição, sendo o maior gasto com doações a outros candidatos (R$ 777,7 mil). No total, o petista arrecadou R$ 2,21 milhões, sendo que o PT nacional repassou R$ 1,8 milhão e o empresário Antônio Celso Cortez, investigado e denunciado na Operação Lama Asfáltica, doou outros R$ 300 mil.
O ex-secretário estadual de Saúde, Geraldo Resende (PSDB), teve despesa de R$ 1,801 milhão, sendo que R$ 546,6 mil com pessoal. Ele arrecadou R$ 1,848 milhão, sendo que o PSDB nacional repassou R$ 1,625 milhão, o próprio candidato deu R$ 75 mil e Cândido Botelho Bracher, R$ 66,6 mil.
Beto Pereira (PSDB) foi reeleito com o gasto de R$ 1,560 milhão. O maior custo foi de R$ 432 mil com a militância de rua. O tucano teve receita de R$ 1,586 milhão, sendo R$ 1,462 milhão do PSDB nacional e R$ 100 mil de Vitor Montenegro Wanderley Júnior.
O campeão de votos nesta eleição, Marcos Pollon, teve gasto de R$ 875,6 mil. O candidato bolsonarista priorizou o gasto com impulsionamento de conteúdo nas redes socias, R$ 462 mil. No total, a receita dele foi de R$ 905,5 mil, sendo R$ 550 mil do PL nacional e R$ 244,8 mil do próprio candidato.
A vereadora Camila Jara ficou em penúltimo lugar em gasto total, com R$ 818,8 mil, sendo que o maior desembolso foi com a militância (R$ 380,8 mil). Ela arrecadou R$ 837,5 mil e o maior montante, R$ 743,6 mil, foi repassado pela direção nacional do seu partido.
A campanha mais barata entre os eleitos foi de Rodolfo Nogueira (PL), o Gordinho do Bolsonaro, com gasto de R$ 755,1 mil. Ele destinou R$ 219,7 mil com o pagamento de pessoal. No total, o liberal arrecadou R$ 775 mil. O maior repasse, de R$ 500 mil, foi feito pela direção nacional do PL e R$ 200 mil, pelo empresário Ricardo Fernandes de Araújo, também investigado na Operação Lama Asfáltica pela PF.
O voto mais caro foi o de Dagoberto, com R$ 56,68, seguido pelo Dr. Luiz Ovando, com R$ 49,02. Em 3º lugar ficou Vander, que gastou R$ 28,20 por cada eleitor. Cada voto custou R$ 18,66 para Geraldo Resende.
Rodolfo gastou R$ 18,07 por cada voto, enquanto Beto Pereira, R$ 15,94. Beneficiada pela onda Lula, Camila ficou em penúltimo lugar no gasto por cada voto conquistado, R$ 14,48.
Já o campeão de votos, Marcos Pollon, foi contemplado pela onda Bolsonaro e teve o menor gasto por cada voto conquistado, R$ 8,49.
- Dagoberto Nogueira (PSDB) – 48.217 votos – R$ 56,68/voto
- Dr. Luiz Ovando (PP) – 45.491 votos – R$ 49,02/voto
- Vander Loubet (PT) – 76.571 votos – R$ 28,20/voto
- Geraldo Resende (PSDB) – 96.519 votos – R$ 18,66/voto
- Rodolfo Nogueira (PL) – 41.773 – R$ 18,07/voto
- Beto Pereira (PSDB) – 97.872 votos – R$ 15,94/voto
- Camila Jara (PT) – 56.552 votos – R$ 14,48/voto
- Marcos Pollon (PL) – 103.111 votos – R$ 8,49/voto
Fonte: TSE