Os bolsonaristas mantiveram a manifestação contra a derrota do presidente Jair Bolsonaro (PL) em frente ao CMO (Comando Militar do Oeste), em Campo Grande. A ofensiva da Polícia Militar, Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito) e Guarda Municipal não arrefeceu o grupo, que permanece em vigília com orações, terço, cantos e discursos contra a posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Em vídeo divulgado pelo EnDireitaMS, Rodrigo Lins contou que mantém a barraca em frente ao CMO. “A nossa manifestação é pacífica e dentro da Constituição, é nosso direito de se manifestar”, afirmou, rebatendo as acusações de que os atos são antidemocráticos porque não aceitam o resultado da eleição e pedem golpe militar.
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Um grupo de manifestantes rezam o terço e clamam a intervenção de Nossa Senhora. Um dos condutores da oração usa um megafone e se ajoelha em frente ao quartel militar. Outros manifestantes permanecem sentados ou sacodem a bandeira do Brasil.
“Não aceitamos ser governados por um ladrão, corrupto, que deveria estar preso”, brada o narrador, durante o vídeo de pouco mais de nove minutos. O grupo não se conforma com a vitória de Lula, que obteve mais de 60 milhões de votos, contra 58,2 milhões de Bolsonaro.
Provocada pelo Ministério Público Estadual, que cobrou o cumprimento da determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, a PM, junto com Agetran e Guarda Municipal, colocou cavaletes para impedir o estacionamento dos veículos no canteiro.
Os bolsonaristas ocupam uma faixa para os veículos, o trio elétrico e montagem das barracas, enquanto duas ficam liberadas para o tráfego na Avenida Duque de Caxias. Os líderes continuam convocando os manifestantes para participar dos atos à noite ou neste domingo.