A prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes (Patri), autorizou reajuste de 7,96% no IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano) em 2023. Este é o primeiro aumento autorizado na sua gestão e é o maior em seis anos. A maior alta ocorreu em 2017, quando o tributo teve correção de 8,78% na Capital.
O IPTU deste ano não teve aumento porque o reajuste foi cancelado pelo então prefeito, Marquinhos Trad (PSD), em novembro do ano passado. Ele chegou a publicar o decreto com o aumento de 10,05%, mas recuou e cancelou o reajuste alegando que não iria penalizar ainda mais o contribuinte castigado pela crise causado pela pandemia da covid-19.
Veja mais:
Marquinhos diz que “não vai penalizar só o cidadão” e cancela reajuste de 10,05% no IPTU
Com inflação fora de controle, IPTU terá reajuste de 10,05% em 2022 em Campo Grande
Prefeito autoriza reajuste de “apenas” 2,56% no IPTU e prêmio extra será viagem dos sonhos
Adriane seguiu a regra de autorizar o reajuste por decreto, porque só prevê a reposição da inflação dos últimos 12 meses. O índice de 7,96% é do IPCA-E (Índice de Preços ao Consumidor Especial), calculado pelo IBGE.
Desde 2017, campo-grandense não sentia um aumento tão expressivo no tradicional carnê pago no início de cada ano. O aumento de 8,78% foi definido na gestão de Alcides Bernal (PP).
Os reajustes definidos por Marquinhos foram menores ao longo dos cinco anos e oscilaram entre 0% e 4,28%¨(2019). Os maiores aumentos foram aplicados na gestão de Gilmar Olarte (sem partido), de 12,58%, que era evangélico e acabou condenado e preso por corrupção.
No entanto, o maior incremento ocorreu no último ano da gestão de Nelsinho Trad (PSD), que elevou o valor do tributo em 15%.
Os índices dos aumentos do IPTU na Capital:
- 2012 – 15%
- 2013 – 0%
- 2014 -5,93%
- 2015 – 12,58%
- 2016 – 9,57%
- 2017 – 8,78%
- 2018 – 2,56%
- 2019 – 4,28%
- 2020 – 3,22%
- 2021 – 2,65%
- 2022 – 0%
- 2023 – 7,96%