A campanha presidencial de Soraya Thronicke (União Brasil) teve receita de R$ 36,675 milhões, sendo 99,8% proveniente dos cofres públicos. Apesar da fortuna disponível, a senadora sul-mato-grossense estourou os gastos e fechou com as contas no vermelho. O saldo negativo foi de R$ 1,884 milhão.
Conforme a prestação de contas feita à Justiça Eleitoral, as despesas de Soraya somaram R$ 38,519 milhões para conquistar 600 mil votos e terminar em 5º lugar na disputa das eleições deste ano. Esta foi a primeira vez que a advogada sul-mato-grossense participou da disputa nacional de um cargo majoritário.
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Campanha de Giselle arrecadou R$ 3,8 milhões e terminou com saldo positivo de R$ 60,9 mil
Com 90% de recursos públicos, campanha de Rose teve R$ 6,1 mi e terminou com saldo de R$ 26,3 mil
Campanha de Marquinhos arrecadou R$ 6,6 milhões e terminou com sobra de R$ 277,5 mil
Campanha de André custou R$ 5,9 milhões e terminou com saldo de R$ 9.504
Riedel informou gasto de R$ 9,6 milhões, R$ 266 mil acima do teto permitido pela lei eleitoral
No total, dos R$ 36,675 milhões, R$ 33,850 milhões foram provenientes do fundo especial das eleições, o polêmico fundão. O diretório estadual do União Brasil repassou mais R$ 1,530 milhão do fundo partidário, enquanto outro entregou mais R$ 1,224 milhão.
Durante um dos debates presidenciais, Soraya criticou o cientista político Felipe D’Ávila (Novo), que detonou a utilização de recursos públicos na campanha eleitoral. Ela disse que nem todo mundo era milionário e tinha recursos disponíveis igual o candidato, que declarou patrimônio de R$ 24 milhões.
Contudo, a campanha de Soraya gastou R$ 38,519 milhões, superando a arrecadação em R$ 1,884 milhão. O maior desembolso foi com a produção de programas eleitorais para a TV e rádio, que consumiu R$ 20,7 milhões.
O segundo maior gasto ocorreu com serviços de terceiros (R$ 5,394 milhões), seguido por materiais impressos (R$ 4,497 milhões), recursos de partidos políticos (R$ 2,089 milhões), advocatícios (R$ 2,025 milhões) e pagamento de pessoal (R$ 1,6 milhão).
O pagamento por impulsionamento de conteúdo nas redes sociais e no Google custou R$ 510 mil, valor abaixo do gasto pelo candidato a governador eleito em Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel (PSDB), que destinou R$ 990 mil.