Depois de meses de queda, o preço da gasolina voltou a subir nos postos de gasolina de Mato Grosso do Sul. Desde o fechamento das urnas, conforme a ANP (Agência Nacional do Petróleo), o valor médio do combustível passou de R$ 4,69 para R$ 4,78 no Estado, considerando-se os levantamentos divulgados nesta segunda-feira (7) e o dia 29 de outubro deste ano.
O aumento não reflete a retomada da política de preços da Petrobras, que suspendeu a medida para não prejudicar a campanha pela reeleição do presidente Jair Bolsonaro (PL). No mercado, a estimativa é de que o preço está defasado em 17%. No entanto, a petrolífera ainda não sinalizou novo reajuste.
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No entanto, os postos estão remarcando os preços desde o final do 2º turno. Na Capital, o preço médio da gasolina passou de R$ 4,67 para R$ 4,73. O menor valor praticado no mercado oscilou de R$ 4,57 para R$ 4,65. Estava R$ 4,52 no início do mês de outubro. O maior preço saltou de R$ 4,75 para R$ 4,85, de acordo com a ANP.
A mesma prática ocorreu no preço do etanol. O litro ao consumidor está custando, em média, R$ 3,61, contra R$ 3,58 há uma semana. O menor preço passou de R$ 3,35 para R$ 3,47, enquanto o maior permaneceu em 4,09 no Estado.
Já na Capital, o etanol teve um salto maior em relação ao início de outubro, passando de R$ 3,38, em média, para R$ 3,56 nesta semana. O menor preço passou de R$ 3,25 para R$ 3,47. O maior valor de R$ 3,69 para R$ 3,75.
De acordo com o diretor do Sinpetro, Edson Lazarotto, a remarcação dos preços é reflexo da alta no preço do etanol. A gasolina acaba subindo porque tem 27% de produto na mistura. O aumento estaria sendo praticado pelas usinas.
Nesta semana, alguns postos remarcaram o preço da gasolina Capital, elevando o preço entre R$ 0,10 e R$ 0,14. O preço a prazo está em torno de R$ 5.
O consumidor deve ficar preparado para o fim do ano. Em dezembro acaba a isenção dos tributos federais sobre a gasolina e o etanol. A medida foi anunciada por Jair Bolsonaro em junho e tinha o objetivo de minimizar a chiadeira do brasileiro com os sucessivos aumentos praticados pela Petrobras.