O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, suspendeu o economista Marcos Cintra (União Brasil) do Twitter e determinou que a Polícia Federal colha seu depoimento sobre os “ataques envolvendo o funcionamento das urnas eletrônicas. Após compartilhar questionar a vitória do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o candidato a vice-presidente na chapa de Soraya Thronicke (União Brasil) perdeu o salário de R$ 45 mil pago pelo partido.
Moraes também determinou que Cintra se abstenha de publicar, promover, replicar e compartilhar “notícias fraudulentas” envolvendo o processo eletrônico de votação brasileiro.
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No sábado (5.nov), Cintra disse em seu perfil no Twitter concordar com questionamentos feitos pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) sobre o sistema eletrônico de votação.
Para o presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Cintra utilizou “as redes sociais para atacar as instituições democráticas, notadamente o Tribunal Superior Eleitoral, bem como o próprio Estado Democrático”.
As declarações de Cintra foram compartilhadas pelos bolsonaristas, que protestam contra a derrota de Bolsonaro desde a noite de domingo. Nesta segunda-feira (7), eles convocaram paralisação nacional contra a vitória de Lula.
Além de prestar depoimento à PF, Marcos Cintra perdeu o contrato de consultoria com o União Brasil, que lhe garantia um salário mensal de R$ 45 mil por mês. O dinheiro era proveniente do fundo partidário.
Ativa nas redes sociais, Soraya ainda não se manifestou, até o momento, sobre a postura do companheiro de chapa. Ela já tuitou críticas ao presidente Jair Bolsonaro por não reconhecer a derrota.