O JacaréO Jacaré
    Facebook Instagram Twitter
    O Jacaré O Jacaré
    • Início
    • Últimas Notícias
    • Sobre o que falamos
    • Nosso Livro
    • Converse com a gente
    Home»Opinião»No Divã Em Paris: A insurreição do povo de bem
    Opinião

    No Divã Em Paris: A insurreição do povo de bem

    Edivaldo BitencourtBy Edivaldo Bitencourt05/11/20224 Mins Read
    Facebook Twitter WhatsApp Telegram Email LinkedIn Tumblr
    WhatsApp Facebook Twitter Telegram LinkedIn Email
    Mário Pinheiro, de Paris

    As regras da democracia são simples, para ganhar soma-se a metade mais um. Ao perdedor resta o reconhecimento. O pleito das eleições do segundo turno no Brasil não ocorreu como desejava o presidente, seus acólitos e seguidores.

    Por mais que as pesquisas indicassem a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva e de sua coligação, do outro lado havia a certeza absoluta, a indefectibilidade indubitável de que o jogo seria virado e que Bolsonaro sairia vencedor, seria reeleito.

    Veja mais:

    No Divã Em Paris: O bem e o mal no espectro brasileiro

    No Divã Em Paris: Política e filosofia da consciência

    No Divã Em Paris: A maldição edipiana no espectro político

    Os eleitores acreditaram tanto nisso como se fosse uma reza, um exorcismo e que durante o mandato inteiro o presidente vacinou seus seguidores de que era preciso governar com linha dura, exército nas ruas e o escambau. Visto que o primeiro turno dera margem de vitória ao PT, a trama para sua eventual vitória foi organizada no principal reduto do candidato petista, o Nordeste. Era um golpe velado. Mas o nordestino é mais inteligente que a lógica do curral bolsonarista. 

    O diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal, Silvinei Vasques, que conseguiu chegar à diretoria da organização pela interferência de Flávio Bolsonaro, tem um histórico confuso de propina, violência, agressão contra frentista, aparelhamento com o governo e descumprimento de ordem superior. Por ter se tornado o homem chave da confiança do presidente Bolsonaro, foi instituído 100 anos de sigilo para protegê-lo de seus processos.

    A PRF inventou essa “operação careca” no intuito de conter a votação expressiva, se incumbiria de parar os veículos e ônibus com eleitores do PT numa dita “operação careca”, mas os adeptos do candidato da situação não seriam parados e não foram.

    Era um golpe baixo, uma isca ao ministro do TSE para prolongar as horas de fechamento das urnas, mas Alexandre de Moraes não caiu na armadilha. A diferença também veio da região Sudeste onde Bolsonaro achava que estava nas mãos, Minas Gerais.

    A sua “vitória” transformada em derrota fez o cidadão de bem assumir seu lugar na baderna, mostrar seus dentes e seus gestos nazistas, mostrar as lições que realmente aprenderam ao bloquear rodovias em pelo menos 19 Estados. O pior não foi vestir-se de amarelo como um pinto, mas contar com o apoio da PRF e da Polícia Militar.

    Antes de encontrar o mestre das insurreições, o culpado desta movimentação é o presidente Bolsonaro, pois ele vacinou seus seguidores de que era preciso barrar a vitória do eleito presidente Lula da Silva.

    A certeza absoluta de ganhar as eleições de forma truculenta com assédio patronal, compra de votos, a máquina do sistema disponível e escancarada pelo governo atual, era tão certa que a derrota trouxe tanto a tristeza, os gritos e o silêncio do presidente, quanto os bloqueios nas rodovias, um certo azedume na alma, um fel tão amargo como se fosse um trago de bebida no chifre do coisa ruim.

    Chamado a se explicar pelo então ministro do TSE, Alexandre de Moraes, o responsável da PRF afirmara que a situação ia voltar ao normal, mas não voltou, fazia parte do golpe e da “operação careca”.

    O direito de ir e vir, garantido pela Constituição, não é respeitado pelos inconformados que prejudicam todos, inclusive bolsonaristas. O presidente ficará sem mandato pela primeira vez, desde que se tornou político profissional, sem imunidade parlamentar, um cidadão comum, um tosco livre.

    Um certo tédio ruminante que trabalha a cabeça do candidato derrotado, mas por outro lado, ele terá tempo livre para motociatas, negociatas e ver a banda passar. Os manifestantes de Santa Catarina, não é de se estranhar, fizeram a saudação nazista, o que demonstra que a lição foi decorada.

    Em Campo Grande, os manifestantes que tanto acreditaram nas promessas do presidente derrotado nas urnas, não conseguem entender, aceitar, seguir a vida, se concentraram para exigir respostas e intervenção federal. É também o resultado da doutrinação do lema “Deus, Pátria e Família” que jamais entenderam que faz parte do fascismo italiano de Mussolini.

    (*) Mário Pinheiro é jornalista pela UFMS, mestre em Sociologia da Comunicação, filósofo e doutor em Ciências Políticas ambos por Dauphine, Paris. Ele escreve aos sábados.

    artigo brasil filosofia jair bolsonaro MÁRIO PINHEIRO NO DIVÃ EM PARIS opinião política nacional

    POSTS RELACIONADOS

    Moraes manda soltar ex-ministro Gilson Machado

    BR 14/06/20252 Mins Read

    No Divã Em Paris – No divã do psiquiatra

    Opinião 14/06/20254 Mins Read

    Ex-ministro de Bolsonaro é preso por tentar emitir passaporte para Cid

    BR 13/06/20253 Mins Read

    Entenda os próximos passos da ação penal da trama golpista

    BR 12/06/20253 Mins Read

    Comments are closed.

    As Últimas

    Mega-Sena sorteia neste sábado prêmio acumulado em R$ 100 milhões

    BR 14/06/20251 Min Read

    Fracasso de incorporação do Podemos pelo PSDB complica Soraya e aumenta drama tucano

    MS 14/06/20253 Mins Read

    Moraes manda soltar ex-ministro Gilson Machado

    BR 14/06/20252 Mins Read

    Justiça rejeita desbloquear R$ 640 mil de médico réu por desvios no HU para pagar defesa

    MS 14/06/20254 Mins Read

    A verdade que você não lê por aí!

    Siga nossas redes:

    Facebook Twitter Instagram
    O Jacaré
    • Início
    • Últimas Notícias
    • Sobre o que falamos
    • Nosso Livro
    • Converse com a gente
    Categorias
    • AGRO
    • BR
    • Campo Grande
    • charge
    • JORNALISMO INVESTIGATIVO
    • Livro
    • MS
    • Mundo
    • Opinião
    • Seu Bolso
    © 2025 Todos os direitos reservados.

    Type above and press Enter to search. Press Esc to cancel.