Com 71,19% da receita proveniente de recursos públicos, o famoso fundão e do fundo partidário, o candidato a governador Eduardo Riedel (PSDB) já acumula gasto de R$ 8,988 milhões na campanha eleitoral. O adversário, bancado apenas por pessoas físicas e sem um centavo de verba pública, Capitão Contar (PRTB) acumula despesa de R$ 652,5 mil, conforme a Justiça Eleitoral.
O candidato do governador Reinaldo Azambuja (PSDB) teve receita de R$ 8,303 milhões. De acordo com o Tribunal Superior Eleitoral, o PSDB (R$ 4,489 milhões) e o PP (R$ 1,422 milhão) repassaram ao candidato os recursos do fundo especial eleitoral, o fundão, e o fundo partidário.
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Apenas 21,34% (R$ 1,7 milhão) foram provenientes de doações de pessoas físicas. O maior doador foi o empresário Karlos César Fernandes, dono de uma rede de concessionárias do grupo Enzo na Capital. Outros 7,47% (R$ 620 mil) são recursos próprios de Reidel.
Já o Capitão Contar teve arrecadação de R$ 1,451 milhão até o momento, sendo que 21,3% são recursos próprios (R$ 150 mil de titular e R$ 160 mil do vice, Beto Figueiró). Não há repasse do fundo partidário nem do fundão na campanha porque o PRTB não teve direito. O candidato só acabou aparecendo no horário eleitoral graças a aliança com o Avante.
A despesa é outro item que expõe a diferença abissal entre as duas candidaturas. O total gasto pelo Capitão Contar soma R$ 652,5 mil, inferior ao gasto por Riedel apenas com o impulsionamento de matérias e vídeos nas redes sociais e no Google (R$ 880 mil).
O baixo custo da campanha levou o Cidadania, presidido pelo secretário-adjunto de Administração, Édio Viegas, a ingressar com denúncia de caixa 2 no Ministério Público Eleitoral contra o candidato de oposição.
O maior gasto de Capitão Contar foi com impulsionamento (R$ 401,6 mil), seguido por adesivos (R$ 77,8 mil) e o pagamento de terceiros (R$ 62,3 mil ).
Por outro lado, a campanha de Riedel já está negativa em R$ 684,3 mil, conforme o TSE. Dos R$ 8,9 milhões gastos, o maior desembolso ocorreu com o pagamento da militância, cabos eleitorais e pessoas para segurar bandeira, com R$ 2,572 milhões, seguido por produção de programas (R$ 1,2 milhão) e impulsionamento (R$ 880 mil).
Capitão Contar chega a reta final com um saldo positivo de R$ 798,6 mil, enquanto o tucano está com as contas de campanha no vermelho em R$ 684,3 mil.