Somente a senadora Simone Tebet (MDB) assinou o requerimento para criar uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) para investigar empresários e prefeitos por assédio eleitoral no 2º turno. Conforme denúncias, eles estariam desde ameaçando demissões, oferecendo pagar de R$ 500 até o 14º salário em troca do voto em Jair Bolsonaro (PL).
O pedido para investigar foi proposto pelo senador Alexandre Silveira (PSD), de Minas Gerais. Ele conseguiu o número de assinaturas necessário para a abertura da CPI.
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Com 28 assinaturas, o pedido passará agora por análise da Advocacia do Senado. O número mínimo exigido pelo regimento interno do Senado é de 27.
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), afirmou que adotará o rito de praxe e, se a assessoria técnica confirmar que o pedido cumpre todos os requisitos, “assim como aconteceu com as outras, será lido o requerimento” – etapa que dá início à instalação da CPI.
Além de ser aliado próximo de Pacheco, Silveira apoia a candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Os senadores Nelsinho Trad (PSD), que apoia Bolsonaro, e Soraya Thronicke (União Brasil), que decidiu ficar neutra no 2º turno, não assinaram.
Em Mato Grosso do Sul, o Ministério Público do Trabalho recebeu seis denúncias de assédio eleitoral. Empresários teriam ameaçado demitir os funcionários que declarassem voto em Lula. Outros estariam insinuando que vão demitir em caso da vitória do petista. E hoje até empresário realizando reunião para prometer “brinde” de R$ 500 em caso de vitória de Bolsonaro.