O presidente Jair Bolsonaro (PL) entrou com ação na Justiça contra a senadora Simone Tebet (MDB), que o chamou de “pedófilo” durante discurso ao lado de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em Teófilo Otoni, em Minas Gerais. A presidenciável lembrou fala do chefe do Executivo, de que entrou na casa de garotas de 14 e 15 anos após ter dito que “pintou com um clima” com as venezuelanas.
O advogado João Henrique Nascimento de Freitas, assessor-chefe da Assessoria Especial do Presidente da República, afirmou que a “liberdade de expressão não é salvo conduto para caluniar e injuriar”.
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Conforme o defensor, Simone e a ex-ministra do Meio Ambiente, Marina Silva (Rede), serão “responsabilizadas com rigor da lei”. O jornal O Estado de Minas não informou a qual instância Bolsonaro recorreu. Até o fim do ano, Simone tem foro privilegiado e só pode ser acionada no Supremo Tribunal Federal.
Simone relembrou a fala de Bolsonaro após ter visto “jovens bonitas, de 14, 15 anos, arrumadinhas” e que “pintou um clima” com elas. Em entrevistas a podcasts, o presidente afirmou que as meninas venezuelanas estavam se arrumando para fazerem programas sexuais.
Fala que foi repudiada por uma das venezuelanas visitadas. Segundo ela, no dia acontecia uma ação social para refugiados.
“É mais do que crime, é pedofilia. E lugar de pedófilo é na cadeia. Eu não tenho medo. Já chamei o presidente de covarde”, disse a senadora durante o evento em Minas Gerais.