O Ministério Público Eleitoral poderá abrir inquérito criminal contra cinco prefeitos e uma radialista de Três Lagoas por integrar uma rede de fake news para fazer propaganda negativa contra o candidato a governador de oposição, Capitão Contar (PRTB). O juiz eleitoral Daniel Castro, a pedido da coligação do deputado estadual, deu prazo de 24 horas para a procuradoria se manifestar sobre a investigação.
Apesar do candidato nunca ter dito, os prefeitos de Novo Mundo, Valdomiro Brischiliari (PSDB), de Sidrolândia, Vanda Cristina Camilo (PP), de Paranaíba, Maycol Queiroz (PDT), de Rio Brilhante, Lucas Foroni (MDB) e de Ponta Porã, Hélio Pellufo Filho (PSDB), foram aos meios de comunicação locais para difundir que Capitão Contar paralisaria as obras nos municípios.
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A mesma mentira foi propagada pela radialista Antônia Aparecida de Souza Campos, a Toninha Campos, de Três Lagoas, conforme representação feita pelos advogados do candidato de oposição. Toninha viralizou dizendo que o deputado suspenderia todas as obras em Três Lagoas.
“Pessoas eleitas como representantes da população e que, infelizmente, optaram por mediocrizar em seus cargos, servindo de verdadeiros capangas da mentira e da desonestidade, violando frontalmente os princípios do processo democrático”, pontuou o núcleo jurídico do PRTB.
“Tem um modus operandi muito semelhante em todos os casos. O principal foco, além de punir os prefeitos que estão abusando do poder de autoridade, é conseguir descobrir quem está coordenando esses prefeitos”, explicou o advogado Pedro Garcia.
Em despacho publicado nesta sexta-feira (21), o juiz eleitoral Daniel Castro, determinou que a PGE volte a se manifestar sobre o novo pedido de investigação contra os prefeitos e a radialista. “Por conseguinte, determino a intimação da Procuradoria Regional Eleitoral com determinação para que, no prazo de 24 (vinte e quatro) horas, se manifeste sobre abertura da queixa-crime (ID 12232602) e sobre o pedido de reconsideração”, determinou o magistrado.
A mentira se transformou na principal arma da atual campanha eleitoral em Mato Grosso do Sul e no Brasil. Para conquistar o eleitor, candidatos passaram a usar autoridades e até religiosos para propagar mentiras e deixaram a apresentação de propostas em último plano.
Capitão Contar e o candidato da situação, Eduardo Riedel (PSDB), conseguiram decisões favoráveis na Justiça Eleitoral para remover vídeos, áudios e montagens com mentiras propagadas nas redes sociais, nos grupos de aplicativos e até no horário eleitoral do outro.