Cinco deputados federais de Mato Grosso do Sul – Beto Pereira e Dagoberto Nogueira, do PSDB, Dr. Luiz Ovando e Tereza Cristina, do PP, e Loester Trutis (PL) – votaram contra a inversão da pauta para priorizar a votação do projeto de lei que torna pedofilia em crime hediondo. Do Estado, apenas Fábio Trad (PSD) votou para priorizar o assunto na Câmara dos Deputados.
A proposta para votar o PL 1.776/2015 foi rejeitada pelo plenário com 224 votos contra e 135 a favor. O PL 1771/2015 prevê pena para pedofilia cumprida inicialmente em regime fechado, sem anistia, graça, indulto e fiança.
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Dois deputados, Rose Modesto (União Brasil) e Vander Loubet (PT), não participaram da votação.
Foram determinantes para o resultado os partidos governistas, que orientaram suas bancadas a votar contra a inversão da pauta e, desta forma, inviabilizar a discussão do texto. Legendas como PL, PP e Republicanos passaram orientação a seus parlamentares para votarem contra a prioridade, segundo a assessoria de Fábio Trad.
Trad lamentou o adiamento da votação do projeto, que agora não tem data para acontecer. Ele considera que a manobra do Governo teve o objetivo de evitar mais desgaste para o presidente Jair Bolsonaro (PL), que afirmou, em entrevista a um podcast, que houve “clima” com garotas venezuelanas de 14 e 15 anos.
“Para eles é mais importante blindar o presidente do que aprovar projetos efetivos que previnam e combatam a violência contra as nossas crianças”, criticou Fábio.