O candidato a governador Eduardo Riedel (PSDB) assumiu o compromisso de tomar frente na negociação salarial com os sindicatos dos servidores públicos estaduais. No entanto, ele condicionou o reajuste nos salários ao orçamento e ao limite da Lei de Responsabilidade Fiscal. Reinaldo Azambuja, do mesmo partido do candidato, só concedeu reajuste em três dos oitos anos e ainda reduziu em 32% os salários de 12,5 mil professores temporários.
“Nenhum governo quer desvalorizar o servidor, pelo contrário. Mas é preciso respeitar o limite imposto pela Lei de Responsabilidade Fiscal e tomar cuidado com o limite de gastos que podemos ter com a folha”, justificou-se o candidato tucano em reunião com o Fórum dos Servidores Públicos Estaduais.
Veja mais:
Capitão Contar reage a onda de mentiras: vou continuar as obras, mas vou acabar com a corrupção
Bolsonaro recua, cede aos apelos do Centrão e diz que fica neutro na disputa entre Contar e PSDB
“Se tivermos um crescimento que permita a diminuição do comprometimento da folha, é possível sim discutir recomposição salarial e valorização das categorias nesse ponto de vista. Dentro da realidade do Estado, que é o que mais cresce nos últimos três anos, é possível assumir esse compromisso e também na remodelagem da previdência”, pontuou o candidato.
O principal compromisso assumido pelo candidato, caso eleito no 2º turno, é de que ele comandará a negociação com os sindicatos e federações. “Riedel deu sua palavra durante encontro com integrantes do Fórum dos Servidores, entidade que reúne todos os sindicatos e instituições que representam os servidores estaduais”, informou a assessoria.
“Todas as discussões relativas ao orçamento serão feitas diretamente pelo governador. Eu garanto que se eleito é assim que será feito”, prometeu.
Durante a gestão do PSDB, os servidores estaduais tiveram reajuste em três ocasiões. Em cinco anos, os salários tiveram aumento zero. Os professores foram ainda mais penalizados já que os não efetivos tiveram redução de 32% nos salários em julho de 2019, logo após Reinaldo assumir o segundo mandato. Atualmente, a categoria recebe quase metade de um efetivo.