O governador Reinaldo Azambuja (PSDB) deve desistir do plano de abandonar a política caso consiga emplacar o ex-secretário de Governo e Infraestrutura, Eduardo Riedel (PSDB), como sucessor. Conforme aliados, o tucano se sentirá fortalecido e vai voltar a disputar a Prefeitura de Campo Grande, que disputou pela primeira vez em 2012.
Prefeito de Maracaju e governador do Estado por dois mandatos, deputado estadual e deputado federal, Reinaldo aposta na eleição de Riedel para se transformar em um mito da política regional.
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Ele vem trabalhando para fazer o sucessor e emendar o terceiro mandato de governador do PSDB. Os antecessores, Zeca do PT e André Puccinelli (MDB), falharam na missão de eleger o sucessor, apesar de terem aprovação popular muito superior a Reinaldo na época. Delcídio do Amaral, em 2006, e Nelsinho Trad, em 2014, perderam a disputa ainda no primeiro turno. Reinaldo já conseguiu um feito ao garantir o seu candidato no 2º turno.
Caso Riedel vence o deputado estadual Capitão Contar (PRTB) neste segundo turno, Reinaldo passará a ser o principal nome do PSDB para disputar o comando da Capital. Ele deverá enfrentar três mulheres, a prefeita Adriane Lopes (Patri), a deputada federal Rose Modesto (União Brasil) e a advogada Giselle Marques (PT). Caso perca o Governo, Contar será um dos cotados para disputar a prefeitura.
Reinaldo não vai se preocupar nem com a denúncia feita pelo Ministério Público Federal por ter recebido R$ 67,7 milhões da JBS. A expectativa é de que o processo, parado há dois anos no STJ, desça para a Justiça estadual. Conforme o MPF, o tucano é acusado pelos crimes de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e por chefiar organização criminosa. Ele nega e a Corte Especial nem marcou o julgamento para analisar o recebimento da ação penal.