Jair Bolsonaro (PL) recuou da decisão de apoiar o deputado estadual Capitão Contar (PRTB), que classificou como a “melhor opção” para Mato Grosso do Sul. Após ceder à pressão dos deputados federais Tereza Cristina e Dr. Luiz Ovando, do PP, o presidente gravou um vídeo em para anunciar que ficará neutro no Estado.
No início da campanha eleitoral, Bolsonaro veio ao Estado e também tinha anunciado que apoiava os dois candidatos a governador, Eduardo Riedel (PSDB) e Contar. No entanto, ao ser provocado pela senadora Soraya Thronicke (União Brasil) no debate da TV Globo, ele decidiu fazer um apelo para a população de MS votar no Capitão Contar.
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“Capitão Contar é a melhor opção para esse estado. Essa é a resposta que a gente pode dar a quem não tem qualquer gratidão e que se elegeu em cima do trabalho que eu fiz é elegermos agora um governador do Estado de Mato Grosso do Sul perfeitamente alinhado ao agronegócio, com as pautas conservadoras, com a ética e a moralidade”, pediu.
Para minimizar o estrago da declaração, que deixou tucanos furiosos, Tereza Cristina e o presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, condenado no escândalo do mensalão a sete anos, gravaram vídeos para ressaltar que a aliança com Riedel estava mantida no Estado.
No sábado, véspera da eleição, Bolsonaro minimizou a revolta tucana e classificou como “tumultozinho”. E reafirmou o apoio a Capitão Contar para o Governo do Estado.
Capitão Contar não esperava o recuo de Bolsonaro. Ele até tinha esperança do presidente vir ao Estado para reforçar sua campanha, já que o PSDB é o principal adversário do ex-ministro Onix Lorenzoni na disputa do Governo do Rio Grande do Sul.
Nesta quarta-feira (5), ao lado de Tereza e Dr. Ovando, Bolsonaro gravou um vídeo para abandonar, oficialmente, Capitão Contar.
“É um estado onde haverá segundo turno e os dois candidatos nos apoiam, e assim sendo por dever de lealdade e como diz o bom ensinamento político, nós ficaremos neutros em Mato Grosso do Sul”, avisou o presidente.
“E torcemos para que a população dê escolha o melhor para representar”, concluiu. A decisão de Bolsonaro deverá impactar nos apoios no segundo turno.