O resultado da primeira disputa deixou animado o advogado e professor universitário Tiago Botelho (PT), que superou o juiz federal aposentado Odilon de Oliveira (PSD) e teve quase a mesma votação da candidata a governadora Rose Modesto (União Brasil). O principal projeto é disputar a prefeitura de Dourados pelo PT em 2024.
Coordenador do curso de Direito da UFGD (Universidade Federal da Grande Dourados), um dos melhores do País segundo a OAB, Botelho obteve 13,03% (177.808 votos), apenas 28 mil votos atrás do ex-ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta (União Brasil). A grande vencedora foi Tereza Cristina (PP), do Centrão, com 60,86% (829.112 votos).
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“Saio animado da primeira de muitas outras eleições”, afirma o professor. “É possível desafiar o poderia econômico, é possível desafiar quem tem muito boi e muita soja”, frisou, sobre enfrentar Tereza, que foi ministra da Agricultura e contou com o apoio de Jair Bolsonaro (PL) e dos três primeiros colocados: Capitão Contar (PRTB), Eduardo Riedel (PSDB) e André Puccinelli (MDB).
Botelho ficou em 2º lugar em 33 dos 79 municípios. O feito foi muito celebrado pelo advogado. Os maiores índices de Botelho foram em Tacuru (30,79%0, Paranhos (23,82%), Itaquiraí (23,47%) e Amambai (21,86%).
Em Dourados, segunda maior cidade do Estado e um dos sonhos de Botelho, ele ficou com 18,65%, em segundo lugar e com 21,7 mil votos. “Dourados já foi administrada pelo PT e as pessoas têm saudades do quão bom era a gestão do Laerte Tetila”, afirmou o advogado.
Caso não consiga vencer nas eleições de 2024, Tiago Botelho vai voltar a colocar o nome a disposição para disputar uma vaga no Senado. Em 2026 serão duas vagas em disputa, de Soraya Thronicke (União Brasil) e Nelsinho Trad (PSD).
Encerrando a prestação de contas do primeiro turno, o advogado planeja retomar a campanha para eleger o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). “Vou trabalhar pela eleição do Lula como se fosse a minha”, contou.
“O Brasil não tem outra alternativa a não ser eleger o Lula. Ou vai gerar a crise econômica, social e política”, prevê o petista, temendo pela continuidade da crise no País no caso de reeleição de Bolsonaro.
Tiago é uma das novas lideranças que o PT começa a construir em Mato Grosso do Sul. As outras são Giselle Marques, que concorreu ao Governo, e Camila Jara, eleita deputada federal.