Na reta final da campanha eleitoral, os institutos de pesquisa se transformaram no mais novo cabo eleitoral dos candidatos a governador de Mato Grosso do Sul. Não há consenso entre as empresas sobre quem vai para o 2º turno nem sobre o líder nos levantamentos. Os números ampliam a incerteza e elevam a tensão na apuração em Mato Grosso do Sul.
Até o momento não foram divulgados os resultados das pesquisas registradas no Tribunal Regional Eleitoral pelo IBP (Instituto Brasileiro de Pesquisas), Datamax e Brasmarket. O Ipec, ex-Ibope, divulgará o último levantamento no telejornal de início da noite na TV Morena.
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André tem 23% e empata com Marquinhos 22%, segundo pesquisa Percent Brasil
André cai 4 pontos, Riedel e Rose crescem e Marquinhos fica estável, diz pesquisa Fiems/Paraná
O Real Time Big Data, da TV Record, confirmou a profecia feita pelo candidato a governador Eduardo Riedel (PSDB), em áudio enviado aos prefeitos, de que ele estaria em 1º lugar na pesquisa. O levantamento apontou o tucano empatado com 20% em primeiro com o ex-governador André Puccinelli (MDB).
Rose Modesto (União Brasil) e Capitão Contar (PRTB) estão empatados em 2º lugar, com 15%, enquanto Marquinhos Trad (PSD) fica em 3º com 14%. Pela margem de erro de 3%, os cinco candidatos estão empatados tecnicamente e qualquer um pode chegar ao 2º turno.
O levamento tem Giselle Marques (PT) com 5%, enquanto os candidatos Magno Souza (PCO) e Adonis Marcos (PSOL) não pontuaram. Nulos e brancos seriam 4%, enquanto os indecisos estariam 8%. Pela torcida do Real Time/TV Record, André e Riedel estariam no 2º turno.
O Instituto Ranking Brasil aponta André na liderança com 21,40%, seguido por Riedel com 19,30%, Marquinhos com 15,20%, Capitão Contar com 14%, Rose com 13,50%, Giselle com 2%, Adonis e Magno com 0,30%. Nulos, brancos e indecisos seriam de 14%.
O Ranking tem margem de erro de 1,8%. Isso significa que, pela torcida do instituto e fora da margem de erro, André e Riedel estão com os passaportes garantidos no 2º turno. Marquinhos estaria fora porque não empataria com o tucano na margem de erro e ficaria na disputa com Rose e Capitão Contar pela 3ª vaga.
A maior surpresa é apontada pelo Instituto Veritá, que aponta Capitão Contar em 1º e o ex-governador André Puccinelli fora do 2º turno. Conforme a pesquisa, o candidato do presidente Jair Bolsonaro (PL) teria 25,8%, seguido pelo candidato de Reinaldo Azambuja (PSDB) com 23,6%, por André com 19,3%, Rose com 8,2%, Marquinhos com 7,9%, Giselle com 7,3%, Adonis com 1,5% e Magno com 0%. Nulos e brancos seriam 2,2%, enquanto 4,2% não sabem.
Pelo instituto, o 2º turno será disputado por Contar e Riedel, os dois que brigavam pelo apoio de Bolsonaro. Como a margem de erro é de 2,5%, André teria chance passar para o novo confronto.
Já o Percent Brasil, divulgado pelo O Jacaré nesta sexta-feira, André e Marquinhos lideram o levantamento. O ex-governador tem 23%, seguido pelo ex-prefeito com 22%, Riedel com 17%, Rose com 16,8%, Capitão Contar com 11,9%, Giselle com 4%, Magno e Adonis com 0%. Brancos e nulos seriam 2%, enquanto indecisos 3,3%.
A margem de erro é de 3,1%, o que inidica que Marquinhos e Riedel disputariam quem vai enfrentar André no 2º turno.
Pesquisa do Instituto Paraná Pesquisas, divulgada pela Fiems, apontou André com 21,3%, Riedel com 18,5%, Marquinhos com 16,2%, Rose com 13,6%, Capitão Contar com 13,1%, Giselle com 2,9%, Adonis com 0,5% e Magno com 0,3%. Brancos e nulos somam 7,3%, enquanto indecisos, 6,4%.
Neste levantamento, André estaria no segundo turno e Riedel e Marquinhos disputariam a 2ª vaga. A margem de erro é de2,5%.
O Novo Ibrape/Campo Grande News apontou André e Riedel no 2º turno, enquanto Marquinhos amargaria o 5º lugar.
Com tantas diferenças nos números, o eleitor vai para a urna sem ter certeza de quem está na frente. Nos bastidores, a avaliação é de que Capitão Contar subiu e roubou votos de Riedel após Bolsonaro declarar apoio oficial ao deputado estadual.
O tucano articulou para minimizar o prejuízo. Marquinhos conseguiu reduzir os danos ao convencer parte do eleitorado de que foi vítima de armação no caso do inquérito por assédio. Ele conta com o arquivamento de 10 das 16 denúncias pela Justiça.
André e Rose seguem por fora. Apesar dos envolvimentos nos escândalos de corrupção, o emedebista passou toda a campanha praticamente incólume aos ataques. Rose teve mais problemas no União Brasil, como atraso no pagamento de cabos eleitorais e de repasse aos candidatos a deputado.
O certo é que o eleitor é que decidirá quem será o próximo governador ou governadora de Mato Grosso do Sul.