A Operação Omertà, maior operação de combate ao crime organizado em Mato Grosso do Sul, completará três anos com quatro réus ainda atrás das grades e dois mortos em confronto com a polícia. Nesta sexta-feira (23), o juiz Roberto Ferreira Filho, da 1ª Vara Criminal de Campo Grande, manteve a prisão preventiva do empresário Jamil Name Filho, o Jamilzinho, recolhido no Presídio Federal de Mossoró, no Rio Grande Norte, desde outubro de 2019.
Além dele, o magistrado manteve a prisão do guarda municipal Marcelo Rios, primeiro a ser detido e que acabou levando a Força-Tarefa, chefiada pelo Garras, a chegar aos integrantes de dois supostos grupos de extermínio e desvendar uma série de execuções na Capital e no interior do Estado.
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A Omertà foi deflagrada no dia 27 de setembro de 2019 e levou a prisão do poderosíssimo e influente empresário Jamil Name, que xingou os policiais e juízes e deixou a residência prometendo retornar no dia seguinte. Ele acabou ficando preso até morrer em decorrência da covid-19 em 21 de junho do ano passado.
Outro poderoso empresário foi Fahd Jamil, o padrinho da fronteira, que acabou se entregando após 10 meses foragido. Com gravíssimos problemas de saúde e respirando com ajuda de um cilindro de oxigênio, ele teve a prisão domiciliar substituída por tornozeleira no mês passado.
Conforme despacho do último dia 20, o juiz Roberto Ferreira Filho manteve a prisão preventiva de Jamilzinho, de Rios e do policial civil Vladenilson Daniel Omledo. Ele também manteve a prisão domiciliar de Frederico Maldonado. “Mantenho-as como forma de garantir a ordem pública, por conveniência da instrução processual e para assegurar a aplicação da lei penal, mantendo, também, a prisão domiciliar de Frederico Maldonado Arruda”, concluiu o magistrado.
“Verifico que os corréus Benevides Cândido Pereira, Cinthya Name Belli, Davison Ferreira, Jerson Domingos, Lucas Silva Costa, Lucimar Calixto, Paulo Henrique Malaquias, Rodrigo Betzkowski, Everaldo Monteiro, Marco Monteoliva e Fahd Jamil tiveram suas prisões preventivas substituídas por medidas cautelares diversas da prisão”, observou.
Outros personagens chaves tiveram fim trágico. Acusados de serem pistoleiros do grupo, José Moreira Freires, o Zezinho, condenado pela morte do delegado Paulo Magalhães, e Thyago Machado Abdul Ahad, foram mortos em confrontos com a polícia. O primeiro foi localizado em dezembro de 2020 no Rio Grande do Norte. O segundo morreu em Santa Catarina.