O Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica) do Ensino Médio caiu de 4,2, em 2019, para 3,8 no ano passado, voltando ao mesmo índice de 2015, segundo reportagem do Campo Grande News. Os números lamentáveis mostram que a educação teve oito anos perdidos na gestão do PSDB, sob o comando de Reinaldo Azambuja.
O mais grave ainda é que o Ideb da rede estadual de ensino ficou em 3,7 em 2021, enquanto a rede privada ostentou 5,9, próximo ao índice de país desenvolvido. No País, a média do índice permanece em 4,2 apesar da pandemia.
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A situação só não foi pior porque o ensino fundamental, que também é ofertado pelos municípios, o índice até subiu para os anos finais, de 4,8 para 4,9 entre 2019 e 2021. Os anos iniciais caiu, de 5,7 para 5,4, mas o Ideb já é alto e muito superior aos 3,8 que vão ser deixados de herança pela gestão tucana.
Para a doutora em educação da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul), Ângela Maria Costa, o Ensino Médio tem sempre péssimos índices e é um gargalo não apenas em Mato Grosso do Sul, mas em todo País. “Temos uma evasão imensa no Ensino Médio. É um grande problema no Brasil”, afirma.
No comando da Secretaria de Estado de Educação desde o início da gestão de Reinaldo, Maria Cecília Amendola da Motta, procurou justificar o fracasso do ensino médio tucano. “O Ideb 2021, ao invés de cumprir com os objetivos para os quais foi criado em 2007, de ser um indicador da qualidade educacional e de referência para implementação de políticas educacionais, evidenciou o impacto da pandemia na Educação, promovendo uma comparação entre o que julgamos incomparável e as circunstâncias apresentadas”, criticou a tucana.
“Somos contra passar de ano o aluno que não aprendeu. Muitos tiveram dificuldade porque ficamos dois anos sem aulas presenciais. É claro que isso prejudicou o aprendizado, mas não podemos simplesmente aprovar alunos que não estejam preparados para passar para a próxima etapa do aprendizado”, explicou ao Campo Grande News.
Reinaldo vai deixar um péssimo resultado para o sucessor, que terá como principal desafio recolocar a educação pública de Mato Grosso do Sul entre as melhores do País, como já foi no passado.