O ex-ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta (União Brasil) trocou o candidato a segundo suplente. O ex-vereador no interior de Goiás, Deusimar Alves, cedeu a vaga para a empresária Maisa Uemura (União Brasil), filha do polêmico empresário e poderosíssimo em Dourados, Sizuo Uemura.
Alves era de Planaltina (GO), onde foi vereador, e vinha disputando eleições desde 2004 pelo PTC e PROS. Conforme a declaração feita ao Tribunal Superior Eleitoral, ele não tinha nenhum bem a declarar.
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Por outro lado, Maisa tem um patrimônio de R$ 5,482 milhões. Ele era candidata a deputada estadual e desistiu para integrar a chapa do ex-ministro, que tem uma disputa dura com a ex-ministra da Agricultura, Tereza Cristina (PP), do Centrão, o juiz federal aposentado Odilon de Oliveira (PSD), e o professor da UFGD, Tiago Botelho (PT).
“Estou muito feliz porque poderei ajudar o Mandetta na missão de dar voz a todas as mulheres no Senado. Vamos trabalhar juntos, em Brasília, em prol de todos os sul-mato-grossenses. Todo o nosso trabalho até aqui foi reconhecido a ponto de darmos esse passo tão significativo. Me sinto preparada e fortalecida para o desafio”, afirmou a candidata a segundo suplente.
“Tenho Dourados dentro do meu coração, sempre fui muito querido pelos douradenses. Vamos fazer uma caminhada conjunta para melhorar a saúde, a educação, e para gerar oportunidades para todos da região e do estado”, afirmou o ex-ministro.
Maisa chegou a ser citada na Operação Uragano, deflagrada pela Polícia Federal para combater a corrupção em Dourados em 2010. No entanto, ela acabou não sendo denunciada à Justiça.
Já o pai, Sizuo Uemura foi denunciado após ser um dos alvos da Operação Owari, deflagrada também para combater a corrupção na Prefeitura de Dourados, em 2009. Ele foi denunciado pelo Ministério Público Estadual por corrupção e organização criminosa pelo desvio de mais de R$ 1 milhão na locação do Hospital Santa Rosa.
Em março deste ano, o Tribunal de Justiça decidiu, quase uma década depois, de que o caso deveria ser encaminhado para a Justiça Federal porque envolve recursos repassados pelo Ministério da Saúde.
Já o primeiro suplente de senador, o empresário Sérgio Murilo Nascimento Mota (Podemos) declarou possui R$ 43,694 milhões em bens, sendo R$ 4 milhões em dinheiro em espécie.