O pecuarista Celso Dal Lago Rodrigues (MDB), primeiro suplente da presidenciável Simone Tebet (MDB), foi condenado a quatro anos e oito meses por corrupção em junho de 2016, conforme reportagem do portal Uol. Ele foi um dos 68 dos alvos da Operação Uragano, deflagrada pela Polícia Federal em 2010 contra um esquema de corrupção em Dourados.
Dal Lago foi escolhido para ser suplente da emedebista após ser indiciado pela PF e denunciado pelo Ministério Público. Ele acabou sendo condenado a quatro anos e oito meses de reclusão no aberto em junho de 2016. A Justiça substituiu por prestação de serviços à comunidade por 1.700 horas e ao pagamento de 120 salários mínimos em favor do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência de Dourados).
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No entanto, Celso Dal Lago não pagou nada. Ele ingressou com habeas corpus e conseguiu se livrar da condenação porque o crime prescreveu.
Caso Simone seja eleita presidente, ele não deve assumir o cargo de senador da República porque o mandato da emedebista termina em fevereiro de 2023. Ela foi eleita em 2014.
A senadora do MDB tem se notabilizado por condenar a corrupção na gestão de Jair Bolsonaro (PL) e nas gestões do PT. Seletiva, Simone ignora o caso do próprio suplente e do seu padrinho político, o ex-presidente Michel Temer (MDB), que chegou a ser denunciado duas vezes ao Supremo Tribunal Federal quando ocupava o Palácio do Planalto.
O Uol procurou a senadora e ela não se manifestou sobre o caso envolvendo Dal Lago. O pecuarista também não deu retorno.
Já a presidenciável Soraya Thronicke (União Brasil) tem como primeiro suplente outro douradense, o pecuarista Rodolfo Nogueira (PL), candidato a deputado federal nas eleições deste ano. Ele foi denunciado por ameaça-la de morte durante as eleições de 2018.
Nogueira negou as acusações e se livrou da denúncia na Justiça em março deste ano. Caso Soraya seja eleita presidente, ele assumirá a vaga de senador da República. Conforme o portal, o pecuarista negou que tenha feito ameaças à senadora do União Brasil.