O favoritismo da ex-ministra da Agricultura, Tereza Cristina (PP), do Centrão, desaparece na pesquisa espontânea na disputa pelo Senado em Mato Grosso do Sul. Segundo o Ipec, ela tem 12%, enquanto o juiz federal aposentado Odilon de Oliveira (PSD) e o ex-ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta (União Brasi) ficam com 6%. Além disso, conforme o instituto, 64% dos eleitores estão indecisos.
Já no cenário estimulado, quando o eleitor é confrontado com os nomes dos candidatos, a deputada federal assume amplo favoritismo, com 38%, contra 18% do candidato do PSD, e deixa o médico ortopedista comendo poeira com 13%.
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O professor Tiago Botelho (PT), apesar de ser o candidato de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), fica em situação ainda pior, com 1% na espontânea e 4% na estimulada. O advogado ainda não conseguiu colar no ex-presidente para decolar nas pesquisas e aposta na fase decisiva da campanha para encostar nos líderes e surpreender na abertura das urnas.
A pesquisa foi registrada na Justiça Eleitoral com os números MS-06162/2022 e BR-06213/2022. Foram ouvidos 800 eleitores em 28 cidades de 28 a 30 de agosto deste ano. A margem de erro é de 3% para mais ou menos. O levantamento foi encomendado pela TV Morena.
O eleitor não parece tão decidido na disputa pelo Senado em Mato Grosso do Sul como se mostra na sucessão presidencial. Jair Bolsonaro (PL) tem 39 na estimulada e 35% na espontânea. Já Lula tem 37% na estimulada e 34% na espontânea. Simone Tebet (MDB) tem 8% na estimulada, contra 5% no cenário sem a apresentação do disco.
Conforme o Ipec, de cada 10 eleitores, seis ainda não sabem em quem votar para senador – 64% de indecisos na espontânea. Tereza Cristina tem 12%, contra 6% do juiz Odilon e de Mandetta e 1% de Botelho.
Na Capital, o cenário é ainda mais acirrado, com a ex-ministra com 12%, contra 10% do magistrado e 9% do ex-ministro. Ela abre vantagem no interior, onde tem 13%, contra 4% dos principais adversários.
Entre os homens, a ex-ministra tem 14%, seguido por Odilon e Mandetta com 7%. Entre as mulheres, ela tem 11%, contra 5% deles. O candidato do PT tem 2% entre os homens e 0% entre as eleitoras.
Na pesquisa estimulada, Tereza tem 38%, seguida pelo juiz Odilon com 18%, por Mandetta com 13%, pelo professor Tiago Botelho com 4%, por Jeferson Bezerra (Agir) com 2% e por Anizio Tocchio (Rede) com 1%. Brancos e nulos somaram 9%, enquanto indecisos foram de 16%.
Na Capital, a ex-ministra da Agricultura tem 32%, contra 23% de Odilon, 17% de Mandetta e 2% de Tiago. O magistrado e o ex-ministro da Saúde estão empatados tecnicamente. Já no interior, a deputada do Centrão tem 41%, contra 15% do juiz, 10% do médico e 5% do advogado.
Entre os homens, Tereza tem 40%, contra 21% de Odilon, 14% de Mandetta e 4% de Tiago. Já entre as eleitoras, a deputada tem 37%, o magistrado 21%, o ex-ministro 12% e o professor da UFGD 3%.
Só para o eleitor ter uma ideia, na última eleição, quando eram duas vagas, na pesquisa divulgada pelo Ibope no final de agosto (veja matéria do G1), Nelsinho Trad (PSD) tinha 34%, Zeca do PT 29%, Waldemir Moka (MDB) 20%, promotor Harfouche (Avante) 8%, Pedro Chaves (PRB) 7% e Soraya Thronicke (União Brasil) 6%.
A presidenciável do União Brasil, que se apresentava como senadora de Bolsonaro, bateu os favoritos Zeca, Moka, Harfouche e Marcelo Miglioli, que era o candidato de Reinaldo Azambuja, e foi eleita mesmo tendo 6%.