A candidatura do ex-secretário de Saúde Geraldo Resende (PSDB) foi mantida pelo TRE (Tribunal Regional Eleitoral). Na corrida por uma vaga na Câmara Federal e se apresentado como o “Pai da Vacina”, Resende foi impugnado pela concorrente Marluce Bueno (PSD).
A alegação foi de que ele omitiu da Justiça Eleitoral que pediu exoneração do cargo de médico da Prefeitura Municipal de Dourados no dia 22 de julho deste ano, 20 dias após o prazo determinado pela legislação eleitoral.
Nesta terça-feira, por unanimidade, o TRE julgou improcedente a impugnação ofertada pela candidata e, por conseguinte, deferiu o registro de candidatura de Geraldo a deputado federal.
O entendimento da Justiça Eleitoral foi de “desincompatibilização regular e o preenchimento das condições de elegibilidade e dos demais pressupostos de registrabilidade, bem como não incidindo em qualquer causa de inelegibilidade, tudo nos termos do voto do relator e resolvendo o mérito”.
Geraldo está afastado da função de médico desde 2002, quando se elegeu deputado federal pela primeira vez. Ele só perdeu a eleição em 2018, quando ficou de suplente, mas acabou não retornando a Dourados porque foi nomeado para comandar a Secretaria Estadual de Saúde.
“Não tinha dúvida dessa decisão. A tese dos adversários cai por terra na medida que há 25 anos não exerço a função de médico na prefeitura de Dourados, sempre atuando em prol da coletividade nos mandatos exercidos por vontade popular, e tendo como marca de uma vida pública ilibada o trabalho e a honestidade”, afirmou Geraldo Resende.
Nesta campanha, o desempenho como secretário de Saúde no curso da pandemia de corononavírus se torna plataforma eleitoral. Mato Grosso do Sul se destacou na logística para aplicação das doses e até liderou o ranking nacional de imunizados.
Já o “Pai da Vacina”, de fato, é Edward Jenner (1749-1823), que descobriu sobre a imunização da varíola. Em tempos de pandemia de covid, o ex-governador João Dória (PSDB) também tentou capitalizar votos com a chegada da vacina ao Brasil, mas, diante da falta de viabilidade na candidatura para presidente, o projeto eleitoral ficou pelo caminho.