A aprovação do governador Reinaldo Azambuja (PSDB) é de 39,8%, somando-se os índices de ótimo (8,6%) e bom (31,2%), conforme levantamento do Instituto Paraná Pesquisas. Ele é reprovado por 26,2%, considerando-se 11% da avaliação ruim e 15,2% de péssimo.
O índice é bom para quem está concluindo oito anos de mandato e foi denunciado pelos crimes de corrupção passiva, organização criminosa e lavagem de dinheiro no STJ (Superior Tribunal de Justiça). No entanto, o índice é baixo para quem deseja eleger o sucessor, no caso, o ex-secretário estadual de Infraestrutura, Eduardo Riedel (PSDB).
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De acordo com a pesquisa, 31,7% dos eleitores avaliam o tucano com regular. A pesquisa foi realizada entre os dias 14 e 18 deste mês com 1.540 eleitores em 46 municípios. A margem de erro é de 2,5% para mais ou menos. O número do registro no Tribunal Regional Eleitoral é de MS-04144/2022. É a primeira sondagem feita pelo instituto neste ano em MS.
Há oito anos, no final de 2014, André Puccinelli (MDB) tinha aprovação de bom e ótimo de 58,13%, contra apenas 12,65% de ruim e péssimo, conforme o Campo Grande News. Na época, o emedebista não conseguiu eleger o sucessor, no caso o ex-prefeito de Campo Grande, Nelsinho Trad, na época no MDB. Apesar de ter concluído dois mandatos como prefeito com boa avaliação, ele não conseguiu nem ir ao segundo turno.
Apesar de bons índices de aprovação, Pedro Pedrossian não conseguiu eleger o sucessor em 1994, quando Levi Dias perdeu para Wilson Barbosa Martins. Em 1998, Martins falhou ao tentar emplacar Ricardo Bacha como governador.
Zeca do PT também teve boa avaliação e não conseguiu a eleição de Delcídio do Amaral, que tinha uma boa atuação em Brasília. A única exceção foi Ramez Tebet, em 1986, quando Marcelo Miranda acabou sendo eleito e emendou duas gestões do MDB. Só que na ocasião ele acabou se beneficiando do Plano Cruzado, de José Sarney, e fez vários governadores emedebistas no País.
Em 2010, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) conseguiu emplacar a sucessora, Dilma Rousseff (PT), mas contava com aprovação de 84%, segundo pesquisas divulgadas na época.
Após sete anos de gestão, marcada pelo aumento de impostos e redução de 32% nos salários dos professores temporários, Reinaldo assumiu o comando do PSDB e luta para emplacar Riedel como sucessor.
Conforme a assessoria, o ex-secertário conta com o apoio de 73 dos 79 prefeitos e vai ter o maior tempo no horário eleitoral. No entanto, até o momento, Riedel não tem garantida a vaga no segundo turno.
O tucano tem 40 dias para reverter os números e superar o favoritismo de André Puccinelli e de Marquinhos Trad (PSD) e espantar um azarão, no caso Capitão Contar (PRTB) e Rose Modesto (União Brasil).
Uma da armas de Riedel é a ex-ministra da Agricultura, Tereza Cristina (PP). Ela lidera as pesquisas do Senado com folga. O risco é a deputada federal ser puxada para baixo ao invés de fazer o candidato do PSDB subir na disputa do Governo.