Em quatro anos na Câmara dos Deputados, os parlamentares de Mato Grosso do Sul tiveram evolução patrimonial de 28% a 1.022%. Houve deputado que ficou R$ 1,5 milhão mais pobre durante o mandato em Brasília, como teve outro que ficou R$ 3,8 milhões mais rico no período. As evoluções patrimoniais constam da declaração entregue à Justiça Eleitoral.
O maior destaque é o deputado federal Vander Loubet (PT), que teve aumento de 1.022% no patrimônio. O petista declarou R$ 4,172 milhões neste ano, contra R$ 371,7 mil em 2018. Loubet ficou R$ 3,8 milhões mais rico em quatro anos – ganho de R$ 950 mil por ano.
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Loubet era réu na Operação Lava Jato e foi acusado de receber propina de R$ 1 milhão em esquema que supostamente envolvia o ex-presidente da República, Fernando Collor de Mello (PTB). Em agosto de 2020, o petista foi absolvido por unanimidade pelo Supremo Tribunal Federal e ficou livre de qualquer processo por corrupção.
A evolução patrimonial de Vander
- 2004 – sem bens
- 2006 – R$ 681.509,94
- 2010 – R$ 595.823,29
- 2014 – R$ 1.092.529,13
Quando foi candidato a prefeito de Campo Grande em 2004, ele não possuía nenhum bem. Dois anos depois, em 2006, ele declarou possuir R$ 681,5 mil. Em 2012, o petista já estava na lista dos milionários ao declarar R$ 1,113 milhão. Em 2018, a fortuna minguou e caiu para R$ 371,7 mil. Neste ano, Vander informou que o patrimônio se multiplicou por 10 e chegou a R$ 4,172 milhões.
A evolução do patrimônio de Beto Pereira
- 2004 – sem bens
- 2008 – R$ 483.000,00
- 2014 – R$ 1.429.708.56
- 2018 – R$ 2.743.666,37
- 2022 – R$ 1.161.242,85
Na contramão, o deputado federal Beto Pereira (PSDB) perdeu R$ 1,582 milhão em quatro anos, ficando 57% mais pobre. O tucano declarou possuir R$ 1,161 milhão neste ano, contra R$ 2,743 milhões em 2018.
Pereira estreou na política como prefeito de Terenos em 2004 e, na época, informou não contar com nenhum tostão. Em 2008, o deputado já declarou ser dono de R$ 483 mil, que passou para R$ 1,4 milhão em 2014 e dobrou em 2018.
A evolução patrimonial de Dagoberto Nogueira
- 2004 – sem bens
- 2006 – R$ 1.381.414,97
- 2010 – R$ 2.840.511,00
- 2014 – R$ 2.712.509,62
- 2018 – R$ 3.093.645,23
- 2022 – R$ 5.880.637,39
O deputado federal Dagoberto Nogueira (PSDB) teve aumento de 90% no patrimônio em quatro anos, que saltou de R$ 3,093 milhões em 2018 para R$ 5,880 milhões neste ano. Ele tinha R$ 1,7 milhão em 2014.
Um dos históricos do PDT, partido que trocou na esperança de garantir a reeleição por causa do quociente eleitoral, Dagoberto chegou a declarar R$ 2,8 milhões em 2010. Ele também foi um político que não tinha nada quando começou na política, conforme o declarado em 2004, quando foi candidato a prefeito da Capital.
A evolução patrimonial de Loester Trutis
- 2018 – sem bens
- 2022 – R$ 153.150,00
A evolução patrimonial de Loester Trutis (PL) foi de 218% em quatro anos, mas o patrimônio do polêmico deputado é modesto, passou de R$ 48 mil em 2020 para R$ 153 mil neste ano. Em 2018, quando disputou uma eleição pela primeira vez, o empresário famoso pelo bacon informou não ter nenhum bem.
A evolução patrimonial de Dr. Luiz Ovando
- 2004 – sem bens
- 2008 – R$ 330.315,93
- 2014 – R$ 459.352,26
- 2018 – R$ 489.262,25
- 2022 – R$ 861.269,42
O deputado federal Dr. Luiz Ovando (PP) teve aumento de 76% no patrimônio em quatro anos, de R$ 489,2 mil para R$ 861,2 mil. No primeiro mandato de deputado, ele vem disputando eleição desde 2004, quando concorreu ao cargo de vereador e declarou não ter nenhum bem. Dr. Ovando só passou a possuir bens em 2008, quando declarou R$ 330,3 mil.
A evolução patrimonial de Fábio Trad
- 2010 – R$ 932.834,85
- 2014 – R$ 1.011.914,88
- 2018 – R$ 1.696.699,51
- 2022 – R$ 2.363.367,45
Ex-presidente da OAB/MS e advogado, Fábio Trad teve evolução de 39% no patrimônio em quatro anos, de R$ 1,696 milhão, em 2018, para R$ 2,363 milhões neste ano. Em 2014, ele tinha declarado R$ 1,011 milhão, pouco acima dos R$ 932,8 mil informados em 2010, quando disputou a eleição pela primeira vez.
A evolução patrimonial de Tereza Cristina
- 2004 – sem bens
- 2014 – R$ 10.360,98
- 2018 – R$ 5.160.215,36
- 2022 – R$ 5.677.998,97
A ex-ministra da Agricultura, Tereza Cristina (PP), teve evolução de 10% em quatro anos, de R$ 5,160 milhões para R$ 5,677 milhões. O salto meteórico na fortuna da progressista ocorreu entre 2014 e 2018, quando passou de R$ 10.360,98 para R$ 5,160 milhões. Em 2004, quando disputou o cargo de prefeita de Terenos, ela não tinha bens.
A suplente de deputada, Bia Cavassa (PSDB), teve aumento de 28% nos quatro anos em que ficou no lugar de Tereza Cristina. A tucana viu o patrimônio saltar de R$ 560,8 mil para R$ 721 mil.