Sem dinheiro para pagar IPTU (Predial Predial e Territorial Urbano), o ex-governador André Puccinelli (MDB) declarou patrimônio de R$ 6,899 milhões à Justiça Eleitoral. Em relação a 2006, quando assumiu o Governo do Estado pela primeira vez e tinha R$ 2,3 milhões, o emedebista ficou 190% mais rico. Em quatro anos, a vice do MDB teve evolução patrimonial de 33%.
Réu em ações por improbidade e por corrupção na Operação Lama Asfáltica, o ex-governador é candidato ao terceiro mandato nas eleições deste ano e alega ser vítima de perseguição política. Além de ter ficado preso por cinco meses em 2018, quando renunciou à candidatura, Puccinelli está com os bens bloqueados pela Justiça estadual e federal.
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De acordo com a Justiça Eleitoral, em 12 anos, o patrimônio do emedebista cresceu 28%, passando de R$ 5,378 milhões em 2010, quando disputou a reeleição, para R$ 6,899 milhões neste ano.
Conforme a declaração, André possui R$ 3,828 milhões em aplicações do VGBL, um plano de previdência, R$ 1,9 milhão em outros bens, dois apartamentos, que valem R$ 68,9 mil e R$ 178,4 mil, e veículos.
Em 2006, quando disputou o Governo pela primeira vez, André declarou possuir R$ 2,376 milhões. Ao longo de 16 anos, sendo oito no comando do Estado, o emedebista viu a riqueza crescer 190%. Na época, o ex-governador foi destaque nacional pela evolução patrimonial e por ter declarado ter R$ 1,4 milhão em espécie em casa.
Em relação a 1996, quando disputou a prefeitura de Campo Grande e tinha um patrimônio modesto de apenas R$ 743,1 mil, André acumula aumento de 828%. No ano 2000, quando disputou a reeleição como prefeito, ele tinha decalro R$ 854,3 mil.
A evolução patrimonial de André Puccinelli:
- 1996 – R$ 743,1 mil
- 2000 – R$ 854,3 mil
- 2006 – R$ 2.376.655,78
- 2010 – R$ 5.378.655,78
- 2022 – R$ 6.899.454,32
Apesar da fortuna declarada, André não pagou IPTU (veja aqui) e foi acionado na Justiça pela Prefeitura da Capital, que lhe cobra R$ 38,1 mil. Ele também conseguiu na Justiça Federal o direito a sacar R$ 10 mil por mês das contas bloqueadas pela Justiça. O ex-governador chegou a ter direito a R$ 18,5 mil, mas o saque foi suspenso em novembro de 2017 pelo juiz Ney Gustavo Paes de Andrade, em substituição na 3ª Vara Federal.
A candidata a vice-governadora, Tânia Mara Garib (MDB), teve evolução patrimonial de 33% em quatro anos, passando de R$ 3,027 milhões para R$ 4,026 milhões. Neste ano, o maior bem é R$ 3,328 milhões em investimentos. A odontóloga possui três apartamentos, de R$ 120 mil, R$ 150 mil e R$ 337 mil.
Já em relação a 2006, quando foi candidata a deputada federal e declarou possuir R$ 755,4 mil, Tânia ficou 433% mais rica, conforme a declaração apresentada à Justiça Eleitoral.
A evolução patrimonial de Tânia Garib:
- 2006 – R$ 755.485,48
- 2018 – R$ 3.027.000,00
- 2022 – R$ 4.026.758,87
Neste ano, a Justiça Eleitoral restringiu as informações sobre os dados patrimoniais dos candidatos, como os nomes das fazendas, das empresas e detalhes dos imóveis. Os ministros estão discutindo o limite após a nova Lei Geral de Proteção de Dados.