Representante do projeto político do governo de Reinaldo Azambuja (PSDB) nesta corrida eleitoral pelo comando de Mato Grosso do Sul, o candidato Eduardo Riedel (PSDB) criticou “inchaço” na gestão do agora concorrente André Puccinelli (MDB) e afirmou que a administração tucana cortou privilégios.
A crítica foi sem citar nomes, enquanto os dados apresentados por Riedel mostram que 40% de toda a receita anual de MS vão para o pagamento do funcionalismo na ativa, que inclui concursados e comissionados.
O candidato do PSDB foi secretário de Governo e destacou que “transformou Mato Grosso do Sul em um dos estados com a máquina pública mais enxuta, reduzindo secretarias, modernizando procedimentos, valorizando o servidor”.
Com população de 2.839.188 habitantes, MS gasta anualmente 40% da receita arrecadada para custear 52.443 servidores públicos ativos, distribuídos nas 11 secretarias. Ao todo, são 84.206 servidores, sendo 31.763 inativos.
“Meu objetivo é tornar o Estado ainda mais funcional, mais moderno. Mas nada disso adianta sem valorizar e qualificar o funcionalismo. Investir neles não é gasto, é investimento público. Teremos um compromisso com os servidores de manter um diálogo franco e transparente. Estaremos atentos a estes pilares nos próximos anos”, assegurou.
Em 2014, o primeiro escalão do governo de Mato Grosso do Sul contava com 15 secretarias. Três anos depois, em 2017, reforma administrativa reduziu a máquina administrativa de 13 para 10 pastas.
O relato de Riedel é de que encontrou um Estado inchado e ineficiente, como a maioria dos Estados brasileiros. O antecessor de Azambuja foi André Puccinelli que tenta o terceiro mandato.
“Esta adequação foi fruto de muito planejamento, muito trabalho e dedicação nos últimos sete anos e meio. A primeira grande reforma realizada por nós foi a administrativa, que diminuiu o tamanho do Estado. O nosso objetivo central neste período sempre foi gastar menos com a máquina do Estado para podermos gastar mais com as pessoas. E lá no início do governo, nós trabalhamos muito para mudar o modelo de gestão que estava vigente”, afirmou Riedel.
O candidato afirma que a gestão de Azambuja começou acabando com o desperdício e reduzindo o custo da máquina. “Ou você investe no que a população mais precisa, ou você gasta com o próprio governo. Na minha opinião, esta última opção não faz sentido algum. A gente teve que enfrentar a reforma administrativa para poder mudar esta realidade. Cortamos gastos, diminuímos secretarias, tiramos privilégios e isso deu resultado, valeu a pena. Hoje o Mato Grosso do Sul é o Estado que mais devolve para a população aquilo que arrecada. Foi trabalhoso, difícil, mas nós encaramos e realizamos. E faremos muito mais nos próximos anos”.
Nascido no Rio de Janeiro, Eduardo Riedel tem 52 anos e faz a estreia na política. Ex-presidente da Famasul (Federação da Agricultura e Pecuária de MS), ele está no primeiro escalão do governo Azambuja desde 2015. Em sete anos, comandou as secretarias de Governo e de Infraestrutura.