O ex-secretário da Receita Federal do Brasil, Marcos Cintra (União Brasil), será o candidato a vice-presidente na chapa liderada pela senadora por Mato Grosso do Sul, Soraya Thronicke (Unão Brasil). Eles foram oficializados na convenção nacional da sigla realizada nesta sexta-feira em São Paulo. O governador de São Paulo, Rodrigo Garcia (PSDB), participou do evento.
Cintra foi chefe do fisco federal na gestão de Jair Bolsonaro (PL) até setembro de 2019. Ele acabou sendo demitido após defender a recriação da CPMF, uma contribuição cobrada sobre movimentação financeira, e idealizador do imposto único.
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Ex-deputado federal, economista e professor da Fundação Getúlio Vargas, o candidato a vice-presidente foi anunciado hoje. “Um homem com formação em Harvard, um economista do maior quilate, estará conosco nessa chapa. E ombreada a ele está uma mulher incrível. Vocês vão ver, conhecer essa mulher”, discursou o presidente nacional da legenda, Luciano Bivar.
“Sempre foi defensora da classe menos favorecida, e no Senado Federal ela tem demonstrado isso”, disse Bivar, sobre Soraya. Aos 49 anos, a senadora está no primeiro mandato e será a segunda sul-mato-grossense a disputar a presidência da República nas eleições deste ano. A outra é a senadora Simone Tebet (MDB).
Cintra também é um dos responsáveis pela criação do plano de governo do União Brasil, que envolve planos para uma reforma tributária. ”Desde muito estamos juntos e, nesse projeto de governo que hoje estamos defendendo para o Brasil inteiro, vocês irão ver que é o melhor projeto de governo apresentado por qualquer um dos candidatos”, afirmou Bivar.
O ex-juiz Sergio Moro, que seria candidato a presidente pela terceira via e acabou sendo lançado como candidato ao Senado pelo Paraná, elogiou o vice. “Um pensador do Brasil, com propostas importantes da FGV, principalmente no campo da economia. Tive a honra de ser colega durante um período no governo e eu tenho certeza que foi feita uma boa escolha pelo partido em relação ao vice-presidente”, afirmou Moro.
Soraya foi lançada no último minuto após o presidente nacional do União Brasil, deputado federal Luciano Bivar, desistir do pleito e disputar a reeleição. Ele pretendia apoiar a eleição do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), mas a maior parte do partido foi contra.