O tenente do Exército, Aparecido Andrade Portela, desponta como o favorito para ser indicado como o primeiro suplente de senador da ex-ministra da Agricultura e Pecuária, Tereza Cristina (PP), do Centrão. O militar da reserva deve ser a zebra na disputa entre o ex-superintendente do Sebrae, o empresário Cláudio Mendonça, e o ex-senador Pedro Chaves (PP).
Tenente Portela, como é mais conhecido, foi indicado para o ser o suplente pelo presidente Jair Bolsonaro (PL), com quem serviu o Exército em Nioaque nos anos 70. Uma fonte próxima do presidente confirmou que o militar é o favorito para a vaga.
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No entendimento de Bolsonaro, ele será reeleito e Tereza Cristina será reconduzida ao comando do Ministério da Agricultura, o que assegura, automaticamente, o cargo de senador ao primeiro suplente.
Este é um dos motivos do presidente ter investido na candidatura da ex-ministra. Quando ele esteve em Campo Grande no dia 30 de junho deste ano, Bolsonaro levou a ministra na garupa durante a motociata. Na convenção do PL no Rio de Janeiro, a ex-ministra foi a única candidata de Mato Grosso do Sul apresentada no palco e ovacionada pelos bolsonaristas.
De acordo com vídeo gravado pelo presidente, Portela é considerado um grande amigo e quem leva informações sobre a política de Mato Grosso do Sul ao Planalto. Ele diz que deseja sucesso e felicidades ao militar caso ele decida entrar na política.
Ele também foi citado, pelo Gazeta do Povo, como um dos integrantes do serviço de informações paralelo criado pelo presidente. De acordo com o jornal paranaense, Tenente Portela costuma transmitir ao presidente informações políticas locais e sobre a situação na fronteira com o Paraguai e a Bolívia.
A indicação de Portela abrirá uma crise na base de sustentação de Tereza Cristina. As forças do sistema produtivo bateram o martelo a favor de Cláudio Mendonça. Ele conta com o apoio de pesos pesados, que vão desde a Fecomércio, Fiems, Famasul e Faems. O setor domina o PIB do Estado.
Já Pedro Chaves, que deixou o cargo de secretário estadual de Reinaldo Azambuja (PSDB), para ser o suplente da ex-ministra, perdeu força nos últimos dias. Milionário, ele não tem voto, mas tem carisma para brigar pela vaga. Chaves foi suplente de Delcídio do Amaral e assumiu a vaga com a cassação do ex-petista em 2016.
O candidato a senador Tiago Botelho (PT), que se apresenta como o candidato de Lula, definiu os dois suplentes, a ex-secretária estadual de Assistência Social, Eloisa de Castro Berro, e o empresário de Corumbá, Bruno Miguéis.