Na disputa pelo Governo de Mato Grosso do Sul, o candidato Marquinhos Trad (PSD) reforça o discurso contra o aumento de impostos promovido ao longo de oito anos pelo governador Reinaldo Azambuja (PSDB). O tucano tenta passar o bastão para Eduardo Riedel (PSDB), mas o pré-candidato oficial do governador ainda patina nas pesquisas, alcançando o quarto lugar na intenção de votos.
Oscilando com André Puccinelli (MDB) na liderança das pesquisas, Marquinhos acena aos sul-mato-grossenses com a revisão dos impostos. “Aumentaram tudo. ICMS, IPVA, ITCD, Fundersul, taxas de cartório. Sacrificou o contribuinte, ignorando a crise econômica e pandemia, que já dificultavam a vida de todos. Em Campo Grande, fizemos o contrário: lutamos com a concessionária de água para acabar com a tarifa mínima na conta de água, não aumentamos impostos e congelamos IPTU para reduzir as dificuldades do contribuinte com a crise provocada pela pandemia. O governo deve ajudar a população para que o Estado cresça. Hoje, com aumento de impostos, o próprio governo impede o crescimento do nosso Estado”, afirmou.
A declaração faz coro com o discurso do lançamento da candidatura no último sábado. “Mais de 600 mil pessoas vivem com renda per capita inferior a meio salário mínimo”, lamentou Marquinhos, prometendo uma gestão voltada para os mais pobres e excluídos.
Na Prefeitura de Campo Grande, Trad chegou a decretar o reajuste de 10,05% no IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano) em novembro do ano passado, um dos mais altos dos últimos anos. Mas desistiu dias depois, sob argumento de não penalizar o cidadão diante da crise econômica. A taxa de lixo também ficou com reajuste zero.
“Aprendi a fazer política com meu pai, deputado federal Nelson Trad, que sempre teve como missão ajudar as pessoas menos favorecidas. Comecei este trabalho com regularizações fundiárias e redução das favelas na Capital quando fui secretário, no início da minha vida pública. Continuei este trabalho como vereador e deputado, onde fiquei marcado pelo combate à concessionária de energia, que possibilitou a devolução de R$ 191 milhões ao contribuinte e redução da conta de luz. Apresentei projeto para aumento do desconto e maior parcelamento do IPVA, sempre priorizando a mudança de vida da nossa gente”, recordou.
Na avaliação de Marquinhos, falta atitude do Governo do Estado, por exemplo, na luta contra a concessionária de energia. “Por que não colocam o dedo nesta ferida? Vamos enfrentar a Energisa, assim como fiz com a Enersul no passado, para diminuir a conta de luz do sul-mato-grossense. Já deveria ter a força do Governo do Estado nesta causa, com a mesma garra, sendo o mesmo leão de quando cobra imposto da gente. Infelizmente, para defender o povo é um gatinho”, criticou.