O ex-governador André Puccinelli (MDB) descartou lançar o ex-prefeito de Costa Rica, Waldeli dos Santos Rosa (MDB), para disputar o Senado nas eleições deste ano. Sem um candidato para disputar a vaga de Simone Tebet, os emedebistas deverão ficar divididos entre as candidaturas dos ex-ministros de Jair Bolsonaro (PL), Luiz Henrique Mandetta (União Brasil) e Tereza Cristina (PP), do Centrão.
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A convenção do MDB para oficializar os candidatos está prevista para a próxima sexta-feira (5) na Associação Nipo-brasileira. Líder nas pesquisas, Puccinelli ainda precisa definir o candidato a vice-governador, que deverá ser de Dourados, segundo maior colégio eleitoral do Estado. Uma das cotas é a médica Cristiane Câmara (MDB), mulher do deputado estadual Renato Câmara (MDB).
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O outro é o vereador Papy (SD), de Campo Grande. No entanto, o ex-governador teria descartado o nome da médica e estaria dividido entre outros dois nomes de Dourados, que mantém em sigilo.
A disputa ao Senado já está definida, conforme o ex-ministro chefe da Secretaria de Governo, Carlos Marun (MDB). “Como a prioridade do MDB/MS é a eleição do André, e como temos eleitores que hoje apoiam diversos candidatos ao Senado, até porque não lançamos candidato ao Senado, o provável é que tenhamos somente candidatura ao Governo”, comentou o ex-deputado federal e um dos emedebistas mais próximos de André.
“André não deve apoiar ninguém para o Senado. E o simples fato de não colocar ninguém na disputa é positivo para os candidatos que estão no jogo”, admitiu. Ex-ministra da Agricultura, Tereza Cristina começou na política como secretária estadual de Produção e Desenvolvimento Econômico na gestão de André. Ela foi eleita deputada federal pela primeira vez com o apoio de Puccinelli.
Primo do ex-prefeito Marquinhos Trad (PSD), o ex-ministro da Saúde ganhou o ódio dos bolsonaristas após romper com Bolsonaro, mas manteve força suficiente para se viabilizar como candidato no União Brasil. Ele também teria o apoio de parte dos emedebistas.
Com a decisão de não lançar candidato próprio ao Senado, o ex-governador acabou descartando a candidatura de Waldeli. Prefeito de Costa Rica por quatro mandatos e milionário, o emedebista reconheceu que pode não disputar as eleições deste ano. “Está nas mãos do partido. Se eu for convocado estou à disposição. Mas acato a decisão do partido”, resignou-se o pré-candidato.
Waldeli já antecipou que só aceitaria disputar uma vaga de senador ou de vice-governador nas eleições deste ano. Ele afirmou que não pretende disputar uma cargo de deputado estadual ou federal por não ter vocação para o legislativo.
Com a decisão do MDB, os candidatos ao senado devem ser o advogado Tiago Botelho (PT), Mandetta, Tereza Cristina, o juiz federal aposentado Odilon de Oliveira (PSD), o procurador de Justiça, Sérgio Harfouche (Avante), o empresário Jeferson Bezerra (Agir) e Anízio Tocchio Júnior (Rede).