A direção nacional do MDB decidiu destinar R$ 30 milhões para a campanha presidencial da senadora Simone Tebet. O valor representa pouco menos de 10% dos R$ 363,2 milhões que o partido terá direito no Fundo Eleitoral Especial, o polêmico fundão, para gastar com todos os candidatos a governador, senador, deputados federais e estaduais no País.
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Aprovada na convenção nacional realizada na quarta-feira, Simone ainda precisa definir o candidato a vice-presidente. Após a desistência do senador do Ceará, Tasso Jereissati (PSDB), o nome mais cotado é o da senadora Liziane Gama (Cidadania), do Maranhão. A sul-mato-grossense vai ter o apoio oficial do Cidadania e do PSDB.
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Simone terá R$ 30 milhões para gastar durante a campanha eleitoral, que começa oficialmente no dia 16 de agosto deste ano. “Comparado a todas as outras campanhas que estão vindo aí, não é tanto dinheiro”, minimizou a candidata.
No entanto, os emedebistas defensores do apoio à candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no primeiro criticaram a quantidade destinada para uma campanha presidencial pela cúpula do MDB. Eles avaliam que vai ser muito dinheiro para uma candidata com desempenho pífio nas pesquisas.
Em entrevista ao programa Pânico, da Jovem Pan nesta sexta-feira, a candidata ressaltou que o valor é um teto. “Não significa que nós vamos gastar. A lei exige que você faça um ‘colchão’. Você pode gastar 5 (milhões). Onde eu puder economizar, eu vou economizar”, prometeu.
A emedebista defendeu a convenção realizada em formato virtual, que teria sido mais econômica para o partido. “Quando eu vi que ia ficar R$ 3 milhões para levar 400 delegados para votar, ia ficar muito caro. Com R$ 10 mil você tem um sistema eficiente”, defendeu.
Simone é a 4 candidata a presidente da República pelo MDB desde a redemocratização, com o fim da ditadura militar em 1985. O MDB lançou Ulisses Guimarães em 1989, o ex-governador de São Paulo, Orestes Quércia, em 1994, e o ex-ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, em 2018.
O partido vetou a candidatura de Itamar Franco em 1998 e do ex-governador do Rio de Janeiro, Antony Garotinho, em 2006.