A ex-ministra da Agricultura, Tereza Cristina (PP), do Centrão, manteve o crescimento e a liderança isolada na disputa pela única vaga no Senado por Mato Grosso do Sul. No entanto, os adversários, como o juiz federal aposentado Odilon de Oliveira (PSD), também subiram. O professor universitário e advogado Tiago Botelho (PT), o candidato a senador de Lula, subiu pela primeira vez e já está em 5º lugar.
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Os números são da nova pesquisa do Instituto Ranking Brasil, divulgada neste domingo (24). A pouco mais de dois meses da eleição, a candidata do presidente Jair Bolsonaro (PL) mantém o favoritismo para se eleger senadora. Além de Odilon, o ex-ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta (União Brasil) também oscilou positivamente na estimulada. No entanto, o ex-deputado caiu na espontânea.
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O Ranking ouviu 3 mil eleitores em 30 cidades entre os dias 19 e 23 deste mês. A margem de erro é de 1,8% e o nível de confiança é de 95%. A pesquisa foi registrada na Justiça Eleitoral com os números MS-04968/2022 e BR-02704/2022.
A consolidação de Tereza Cristina aparece na pesquisa espontânea, quando aparece com 23,70%, contra 20,30% registrados no início do mês. O juiz Odilon está com 9,80%, seguido por Mandetta com 6,90%, pelo procurador de Justiça, Sérgio Harfouche (Avante) com 3,50%, por Tiago Botelho com 2,50%, pelo ex-prefeito de Costa Rica, Waldeli dos Santos Rosa (MDB) com 1,10%, pelo empresário Jeferson Bezerra (Agir) com 1%. Outros tiveram 4,50%, enquanto brancos, nulos e indecisos somam 46,90%.
Com quase metade do eleitarado indeciso sobre a votação de senador, a pesquisa mostra que o resultado ainda pode mudar e surpreender até a abertura das urnas em outubro, repetindo o fenômeno Soraya Thronicke (União Brasil) em 2018. Na época, ela era a candidata de Bolsonaro e surfou na onda do capitão.
Na estimulada, Tereza lidera com 34,60%, seguida pelo juiz Odilon com 14%, Mandetta com 11,20%, Harfouche com 8%, Tiago com 4,10%, Waldeli com 2,50%, Jeferson com 2%, Sidney Melo (PSOL) com 0,30%, Henrique Medeiros (PV) com 0,20% e Wilson Joaquim (PSC) com 0,10%. Indecisos, nulos e brancos somam 23%.
A deputada do Centrão manteve o crescimento passando de 30,5% para 34,60%. No entanto, ela ainda não recuperou a ponto de atingir o ápice registrado em abril, quando registrou 38,70%. A ex-ministra passou a ser o principal alvo dos adversários. Mandetta e Botelho a responsabilizam pelo alto custo dos alimentos, que seria reflexo da política adotada no Ministério da Agricultura.
Harfouche tem alertado que o povo estará votando no suplente da deputada, já que Bolsonaro tem deixado claro que vai reconduzi-la ao ministério e o senador deverá ser o ex-secretário Pedro Chaves (PP). Outro cotado para a primeira suplência é o ex-superintendente do Sebrae, Cláudio Mendonça.
Candidato a senador de Marquinhos Trad (PSD), juiz Odilon deu uma reagida e passou de 12,3% para 14% em menos de 20 dias. Ele tinha 10% em abril. Mandetta voltou ao patamar já registrado antes, de 11,20%. Ele tinha 10,70% no início do mês e 11|% em abril.
Sem o apoio de Rose Modesto (União Brasil), que acabou lançando Mandetta, Harfouche perdeu o fôlego, segundo o Ranking. O procurador cresceu na estimulada, de 7,60% para 8%. Na espontânea está com 3,5%, contra 3,20% da pesquisa anterior.
O petista cresceu três pontos percentuais entre o início do mês e esta semana, passando de 1% para 4%. Ele superou o candidato do MDB, que foi prefeito de Costa Rica por quatro mandatos, e segue com 2,5%. Tiago ameaça ultrapassar Harfouche na espontânea, onde saiu do traço para 2,5%.
A rejeição dos candidatos a senador é baixa e não é um obstáculo para nenhum dos candidatos vencer a eleição. Mandetta é o mais rejeitado por 8,5%, contra 7,2% de Harfouche, 6,80% de Odilon,6,5% de Tereza e 4,5% de Tiago Botelho.
Os números só devem se consolidar com o início da campanha eleitoral, previsto para o dia 16 de agosto deste ano, e o eleitor terá a chance de submeter todos os candidatos ao escrutínio popular. O maior tempo de televisão deverá ser de Tereza, Mandetta e Tiago Botelho. A ex-ministra e o professor do curso de Direito da UFGD possuem os maiores cabos eleitorais, respectivamente, Bolsonaro e Lula, que deverão fazer a diferença no pleito.