O presidente Jair Bolsonaro (PL) subiu nove pontos e assumiu a liderança entre as mulheres em Mato Grosso do Sul, na contramão das pesquisas nacionais, de acordo com o detalhamento da pesquisa do IBP (Instituto Brasileiro de Pesquisas). Ele também ampliou a vantagem no interior, entre os eleitores com mais de 60 anos, com ensino fundamental e mais pobres.
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O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) empata com o presidente na Capital, mas perde no interior. Também contrariando tendência nacional, o petista ganhou quase cinco pontos e empata tecnicamente com Bolsonaro entre os homens. Ele ainda lidera entre os jovens e adultos de 25 a 34 anos.
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Prata da casa, a senadora Simone Tebet (MDB) perdeu pontos na Capital (-1,28), entre as mulheres (-1,5) e entre os jovens (-0,94). Por outro lado, ela ganhou entre os homens e obtém o maior índice, 5,44%, entre os eleitores na faixa etária de 35 a 44 anos, e em Campo Grande, 5,67%.
Realizada com 2,5 mil eleitores de 8 a 13 deste mês, a pesquisa do IBP tem margem de erro de 2% para mais ou menos e nível de confiança de 95%. Os números do registro na Justiça Eleitoral são MS-07751/2022 e BR-04516/2022. No geral, Bolsonaro tem 38%, contra 33,08% de Lula e 4,28% de Simone.
Os dois mais bem colocados empatam em Campo Grande. Bolsonaro tem 35,86% ante 35,04% de Lula. O petista subiu 2,74 pontos percentuais em relação a maio, quando tinha 32,30%, enquanto o capitão oscilou 2,56 pontos percentuais, já que tinha 33,30%. Já no interior, Bolsonaro passou de 36,67% para 39,66% e abriu uma vantagem de 7,5 pontos percentuais sobre Lula, que oscilou de 30,7% para 31,56% no mesmo período.
A reviravolta ocorreu entre as eleitoras, conforme o IBP. Lula liderava em maio, com 33,26%, mas acabou perdendo 0,99 ponto percentual em dois meses, chegando a 32,27% neste mês. Bolsonaro subiu 8,81 pontos percentuais, passando de 30,98% para 39,79% no mesmo período, abrindo vantagem inédita sobre o petista.
O inverso ocorreu entre o público do sexo masculino. Bolsonaro perdeu três pontos, passando de 39,92% para 36,01%, enquanto o ex-presidente fez caminho inverso, subindo 4,66 pontos percentuais, de 29,32% para 33,98%.
Lula segue o favorito entre os jovens sul-mato-grossenses ao vencer de 26,82% a 16,42%. Simone tem 3,63%. O petista vence entre os adultos de 25 a 34 anos, com 37,55% a 36,59% de Bolsonaro. Neste público, os dois subiram quase três pontos. Simone ficou com 4,02%.
Os dois empatam na faixa etária de 35 a 44 anos, com Bolsonaro marcando 34,56%, contra 34,37% de Lula. A senadora do MDB marca o maior percentual, 5,44% neste segmento. O presidente ganha no grupo seguinte, de 45 a 59 anos, com 38,25% a 34,04% do petista. Na faixa etária de 45 a 59 anos, Bolsonaro tem 38,25% a 34,04% de Lula. Já entre os mais idosos, com mais de 60 anos, o presidente tem 38,73% contra 30,33% do ex-presidente.
No quesito escolaridade, Lula vence entre os analfabetos, por 39,51% a 34,16%. O presidente subiu quatro pontos em relação a maio, quando tinha 30,77%, já o petista oscilou três, considerando-se os 36,44%.
Nos demais grupos, Bolsonaro mantém a liderança, sendo de 38,09% a 31,34% no ensino fundamental; 38,63% a32,66% no médio e 39,50% a 33,46% no ensino superior.
Bolsonaro mantém a liderança entre as faixas de renda, sendo por 37,58% A 33,41% entre os mais pobres, com renda de até um salário mínimo por mês. No grupo de um a dois salários, o presidente vence por 38,4% a 31,68%. No grupo de dois a cinco salários, o capitão tem 37,1% contra 34,77% de Lula.
A vantagem sobre o petista é maior entre os moradores com renda de dois a cinco salários, com o placar de 40,06% a 31,58%. Já entre os mais ricos, com mais de 10 salários, Bolsonaro tem 38,29%, contra 31,43% de Lula.
Simone obtém o maior índice na Capital, com 5,67%, mas houve um recuo em relação a maio, quando tinha 6,95%. Já no interior, ela oscilou de 3,13% para 3,20% no mesmo período. Entre as mulheres, a emedebista perdeu, passando de 5,61% para 4,10%.
Apesar da candidata apelar, de que mulher vota em mulher, ela oscilou positivamente entre os homens, passando de 3,90% para 4,48%. Apesar de ser de Mato Grosso do Sul, Simone não tem o apoio do PSDB, apesar do marido, Eduardo Rocha fazer parte da gestão tucana, nem do MDB, de André Puccinelli.