Articulações para definir os candidatos a governador, a vice e senador vão se intensificar a partir desta semana com o início das convenções, que podem ter reviravoltas e acabar com os boatos. A primeira a ter a candidatura oficializada será a deputada federal Rose Modesto (União Brasil), que precisa administrar o racha na aliança com as candidaturas ao Senado do ex-ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta (União Brasil), e do procurador de Justiça, Sérgio Harfouche (Avante).
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No último dia do prazo, 5 de agosto, deverão ocorrer as convenções do ex-governador André Puccinelli (MDB), e do ex-secretário estadual de Infraestrutura, Eduardo Riedel (PSDB). Marquinhos Trad (PSD) e a federação do PT, PV e PCdoB vão realizar no dia 30 de julho. Capitão Contar (PRTB) dever marcar para entre 1º e 5 de agosto, enquanto Adonis Marcos (PSOL) deve ser oficializado no dia 24 deste mês.
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A convenção do União Brasil acontecerá na próxima sexta-feira, a partir das 18h, no ponto tradicional dos eventos da deputada, no Bairro Guanandi. Rose deixou o PSDB para disputar o Governo e vem mostrando força nas pesquisas, com chance de ir ao segundo turno. Há 20 anos, pela primeira vez, uma mulher, Marisa Serrano (PSDB), chegou ao segundo turno no Estado.
O presidenciável do União Brasil, Luciano Bivar, deve prestigiar o lançamento da candidatura de Rose ao Governo. Ele também deverá manifestar apoio ao ex-ministro da Saúde. O partido vai decidir na convenção se lança Mandetta ou apoia a candidatura de Harfouche. Os dois esperam ter o apoio do partido para disputar o Senado.
O desafio de Rose será manter o apoio de Harfouche em caso de o União Brasil oficializar a candidatura a senador de Mandetta. Neste caso, o Avante vai ser obrigado a lançar um candidato independente ao Senado.
No domingo, na Câmara Municipal, o bacharel em Direito, Adonis Marcos, será oficializado candidato a governador pela federação PSOL-Rede. Ele ainda precisa definir o nome do vice. O candidato a senador será o professor Sidney Mello (PSOL), que foi candidato a governador em 2010.
No dia 30, na Associação Nipo-brasileira, o ex-prefeito Marquinhos Trad será oficializado candidato a governador pelo PSD-Patriotas. Ele ainda espera contar com o apoio do PSB, que deve decidir entre ele e o candidato do PSDB. A sigla é uma das candidatas que pode indicar o candidato a vice, como o presidente da Câmara de Campo Grande, Carlos Augusto Borges, o Carlão.
Nas próximas duas semanas, pesquisas e conversações vão definir o palanque de Marquinhos. Uma das possibilidades é tirar o juiz federal aposentado Odilon de Oliveira (PSD) da disputa pelo Senado e lança-lo como candidato a vice. O magistrado nega essa possibilidade.
Outros cotados são a médica Viviane Orro (PSD), de Aquidauana e esposa do deputado estadual Felipe Orro (PSD), o ex-secretário municipal de Finanças, Pedro Pedrossian Neto (PSD), e o suplente de senador José Chagas dos Santos, de Naviraí. Ele é suplente de Nelsinho Trad (PSD).
Marquinhos ainda não descartou a proposta de fechar aliança com a federação formada pelo PT, PCdoB e PV. Neste caso, ele fecharia aliança com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e poderia apoiar o candidato a senador Tiago Botelho (PT). Outra opção é o apoio informal ao primo, Mandetta.
Também no dia 30 deste mês será realizada a convenção do PT, PV e PCdoB para oficializar a candidatura a governadora da advogada Giselle Marques (PT). O grupo ainda precisa definir o vice e os dois suplentes de senador.
André definiu a convenção para o dia 5 de agosto. O ex-governador precisa definir o candidato a vice. O mais cotado para disputar o Senado é o ex-prefeito de Costa Rica, Waldeli dos Santos Rosa (MDB). Ele conta com o apoio do Solidariedade, que pode indicar o vice, o vereador Papy (SD).
De acordo com o ex-ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun, a expectativa é de que o prazo será suficiente para definir a chapa. O grande desafio do ex-governador é manter os atuais índices para garantir a vaga no segundo turno. Ele sempre foi alvo de boatos de que poderia desistir da disputa para beneficiar o candidato do PSDB.
Aliás, a realização da convenção do PSDB e do PP ainda é um mistério. No entanto, de acordo com o presidente regional do Progressistas, deputado estadual Evander Vendramini, a expectativa é de que a convenção para oficializar Riedel ao Governo e Tereza Cristina ao Senado ocorrerá no dia 5.
Riedel precisa definir o candidato a vice-governador para ver se consegue deslanchar nas pesquisas. Apesar de toda a estrutura e do apoio da máquina, de 71 dos 79 prefeitos, o tucano tem se mantido em 4º ou 5º nas pesquisas. O risco é repetir o deputado Barbosinha (PP), em Dourados, quando houve uma grande articulação e empenho de Reinaldo Azambuja (PSDB), mas ele acabou perdendo para Alan Guedes (PP).
Outro risco de Reidel é repetir Nelsinho em 2014, quando teve o apoio do Governo do Estado, mas acabou ficando em 3º lugar e nem conseguiu passar para o segundo turno. O tucano faz sigilo do vice, mas os cotados seriam os deputados estaduais Coronel David (PL), ligado ao presidente Jair Bolsonaro (PL), e Mara Caseiro (PSDB), que foi prefeita de Eldorado. O tucano tem o apoio do PL, Republicanos e PP.
Outra briga nos bastidores é pela indicação do primeiro suplente de Tereza Cristina. Como Bolsonaro já antecipou que a reconduzirá ao Ministério da Agricultura, na prática, em caso de reeleição, o primeiro suplente será o candidato de fato a senador. O ex-senador Pedro Chaves (PP) e o ex-superintendente do Sebrae, Cláudio Mendonça, brigam pela vaga.
Capitão Contar nega qualquer chance de acordo e espera confirmar na convenção, que deverá ocorrer entre os dias 1º e 5 deste mês. O candidato a vice-governador será o advogado Beto Figueiró (PRTB). Apesar de não ter o apoio da deputada, o candidato já anunciou que vai apoiar Tereza Cristina para o Senado.
Oficialmente, após as convenções, a campanha oficial começa no dia 16 de agosto. O horário eleitoral na TV só no dia 26. O primeiro turno ocorrerá no dia 2 de outubro deste ano.