O consumidor de Mato Grosso do Sul celebrou queda inédita no preço da gasolina e do etanol nos postos de Mato Grosso do Sul. Conforme pesquisa da ANP (Agência Nacional do Petróleo), sem os tributos federais e a redução na alíquota do ICMS para 17%, houve redução de até R$ 1,40 no valor do litro no Estado. Por outro lado, o custo do óleo diesel teve aumento de 8,5% no mesmo período, penalizando, principalmente, os caminhoneiros.
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A redução no preço dos combustíveis é reflexo de um pacote aprovado pelo Congresso Nacional e sancionado por Jair Bolsonaro (PL). A primeira redução ocorreu com a isenção total de tributos federais, como PIS, Cofins e Cide sobre a gasolina e o etanol. A segunda queda ocorreu com a redução na alíquota do ICMS, prevista na lei sancionada no dia 23 de junho deste ano, mas só acatada por Reinaldo Azambuja (PSDB) na semana passada.
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O governador ainda aposta na concessão de liminar pela ministra Rosa Weber, do Supremo Tribunal Federal, para acabar com a alegria do sul-mato-grossense e voltar a praticar as alíquotas antigas, de 30% sobre a gasolina e de 20% no álcool. O diesel não teve impacto porque o ICMS já é de 12% desde maio de 2018.
De acordo com a ANP, entre o dia 12 de junho e o dia 9 deste mês, o preço médio da gasolina teve redução de 12% no Estado, de R$ 7,11 para R$ 6,25. O menor valor praticado no mercado, principalmente devido à concorrência acirrada na Capital, despencou 20%, de R$ 6,84 para R$ 5,43. Alguns postos já estariam praticando valor menor ainda, para alegria dos motoristas. O maior preço praticado oscilou de R$ 7,99 para R$ 7,27.
Por enquanto, a redução não chegou nos R$ 1,55 anunciados por Bolsonaro. No entanto, como os estabelecimentos ainda estão remarcando os preços, a expectativa é de que a redução fica na meta anunciada pelo presidente. No Estado, Reinaldo tinha elevado o ICMS sobre a gasolina de 25% para 30% no início de 2020, justamente na fase mais dura da pandemia da covid-19.
Houve redução de 8,% no preço médio do etanol, que passou de R$ 5,17 para R$ 4,75, conforme o levantamento da ANP. O menor valor do produto caiu de R$ 4,75 para R$ 4,29. Já o menor valor teve queda ainda mais expressiva, de R$ 1,02, de R$ 6,59 para R$ 5,57.
Os dois combustíveis só vão ficar sem os tributos federais durante as eleições. Pela proposta de Bolsonaro, os tributos federais voltam a ser cobrados após o fim deste ano.
Por outro lado, o óleo diesel subiu 8,2% no Estado, com o valor médio saltando de R$ 6,77 para R$ 7,33 em 30 dias, segundo a pesquisa da ANP. O menor valor subiu 8,5%, de R$ 6,44 para R$ 6,99, enquanto o maior passou de R$ 7,40 para R$ 7,99.
O diesel é o exemplo mais acabado do impacto da política de preços da Petrobras, que vem sendo mantida por Bolsonaro. O ICMS sobre o combustível já caiu de 17% para 12% em 2018. Os tributos federais foram zerados no início deste ano.
A sorte do presidente é que a maior parte dos caminhoneiros segue fechada com Bolsonaro. Para manter a fidelidade, o chefe do Executivo espera aprovar o vale caminhoneiro no valor de R$ 1 mil, que será pago para minimizar o impacto do aumento do diesel na categoria.
Algumas lideranças até criticaram o presidente e anunciaram greve, mas a paralisação não teve adesão e os caminhoneiros continuam mantendo a fidelidade ao presidente. E pagando caro por esta fidelidade até o momento.
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